Diário de Notícias

“Neste verão, no Atlântico equatorial, as temperatur­as do mar estão em média cerca de 0,5 a um grau mais elevadas do que nos anos anteriores”

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formam-se normalment­e junto à região tropical próxima de Cabo Verde”, explica, em conversa com o DN, a climatolog­ista Ilda Novo. “É necessário que haja uma perturbaçã­o inicial na camada baixa da atmosfera que favoreça um movimento de rotação para formar uma depressão tropical”, continua a especialis­ta do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Outro ingredient­e fundamenta­l é que a temperatur­a da água do mar seja superior a 27 graus. A partir daí, criam-se as condições para a libertação de ar quente e húmido para atmosfera. Este ar, ao subir, vai arrefecer e condensar e formar as nuvens que dão corpo ao ciclone tropical.

Quando os ventos sustentado­s são inferiores a 119 km/h os fenómenos são considerad­os tempestade­s tropicais. A partir daí entram na categoria de furacões. Os de grau 5, acima de 252 km/h, têm efeitos “catastrófi­cos” de acordo com o Centro de Furacões dos EUA. No caso do Irma,

os ventos mais intensos andam na ordem dos 295/300 km/h. O furacão que se encaminha para a Florida tem uma extensão de 600 quilómetro­s e um olho com um raio entre 40 e 50 quilómetro­s. No centro, como explica Ilda Novo, não há nuvens e o vento é de fraca intensidad­e. As rajadas mais fortes situam-se a 85 quilómetro­s de distância do ponto central.

Além do Irma, atualmente estão ativas mais duas tempestade­s atlânticas. O Jose, de nível 2, que persegue o Irma, ainda que com um trajeto ligeiramen­te mais para leste. E o Katia, de categoria 1, no golfo do México. JOSÉ FIALHO GOUVEIA

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