Diário de Notícias

Bastou um Tiquinho para derrubar o Chaves e somar a quinta vitória

FC Porto prolonga arranque de época 100% triunfal e sem sofrer golos. Regressado Soares desbloqueo­u jogo, após ameaças flavienses

- RUI MARQUES SIMÕES

Não foi fruto de um domínio absoluto como em jogos anteriores, mas foi igualmente por números largos, a prolongar um arranque de época 100% triunfal e sem golos sofridos. Ontem, bastou um pouquinho de rapidez, um bocadinho de eficácia e, claro, um Tiquinho Soares para o FC Porto derrubar o Desportivo de Chaves em casa, por 3-0, e passar para a frente da I Liga (em igualdade pontual com o Sporting).

O trocadilho fácil tem desculpa, quando se faz menção a um jogo em que só foi preciso um bocadinho (ou tiquinho, em Portugal do Brasil) do FC Porto assertivo das jornadas anteriores para somar a quinta vitória consecutiv­a no campeonato. E quanto foi o regressado Tiquinho Soares a desbloquea­r a partida, após várias ameaças flavienses. Regressado aos relvados, após um mês de ausência, por lesão, o avançado brasileiro serviu Aboubakar para o 1-0 e ganhou o penálti que valeu o 2-0 (na recarga) – antes de Moussa Marega fazer o 3-0, perante o desnorte transmonta­no.

No entanto, mesmo após a entrada de Soares, no início da segunda parte, nada foi fácil para os dragões. Os flavienses mantiveram tudo em aberto até aos cinco minutos finais. E só pecaram na finalizaçã­o, até a muralha defensiva começar a ruir.

Pela primeira vez nesta época, o FC Porto chegou ao intervalo sem estar a vencer. Os 45 minutos iniciais foram de claro domínio azul e branco (a nível da posse de bola e do território), sem quaisquer resultados práticos. À exceção de um remate de Brahimi à figura de Ricardo (7’) e de uma cabeçada de Danilo por cima da baliza flaviense (9’), quase todas as tentativas dos portistas – incapazes de desequilib­rar pelas alas – esbarraram na defesa compacta, com linhas muito próximas, do Desportivo de Chaves. Os flavienses apenas respondera­m com um disparo de William, que obrigou a defesa apertada de Casillas, num lance anulado por fora-de-jogo de Bressan (28’).

Com o marcador a zeros, o treinador portista, Sérgio Conceição, teve de retardar o pensamento no jogo de estreia da Liga dos Campeões (quarta-feira, no Estádio do Dragão, diante do Besiktas). Não deu para poupar os esteios da equipa azul e branca nem para testar o entendimen­to en- tre a dupla Soares e Marega (já que Aboubakar vai falhar o reencontro com a equipa turca, por castigo). Em vez disso, foi preciso juntar Soares a Aboubakar e Marega (desviado para a ala direita) na frente de ataque, com efeitos quase imediatos.

Um mês depois de ter saído lesionado, na partida com o Estoril, o avançado brasileiro voltou em alta. Aos 49’, serviu Aboubakar (após uma simulação de Brahimi) e o camaronês não perdoou: recebeu, entrou na área, puxou a bola para o pé esquerdo e marcou o quinto golo nesta edição da I Liga.

No entanto, o 1-0 não libertou o FC Porto: soltou as amarras defensivas do Desp. Chaves. Com as entradas de Hamdou Elhouni e Tiago Galvão, a equipa transmonta­na tornou-se mais ofensiva e ameaçou empatar. Ao minuto 71,William falhou o desvio à boca da baliza a um cruzamento de Paulinho. E aos 81’ Tiago Galvão isolou-se diante de Iker Casillas, mas atirou ao lado.

Nos instantes finais, os flavienses pagaram caro o desperdíci­o. Ao minuto 86, Soares cabeceou na área, contra a mão do central croata Maras (estreante no Chaves): penálti que o próprio Tiquinho transformo­u no 2-0, mas apenas na recarga (após uma primeira defesa de Ricardo). E a fechar, aos 89’, Marega desviou para o terceiro golo a passe de Óliver. Com mais uma vitória caseira volumosa (após os 4-0 ao Estoril e 3-0 ao Moreirense), os dragões seguem imparáveis no topo da I Liga.

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Aboubakar inaugurou o marcador já na segunda parte, após a entrada de Soares

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