Diário de Notícias

Sanções contra Pyongyang: EUA propõem bloqueio naval

Projeto de resolução citado pelos internacio­nais fala ainda em embargo petrolífer­o. ONU discute situação amanhã

-

COREIA DO NORTE Os Estados Unidos preparam-se para endurecer a pressão sobre o regime norte-coreano, submetendo a votação, amanhã, na ONU, uma resolução que prevê um isolamento ainda maior do país liderado por Kim Jong-un.

Entre as medidas que irão ser propostas pelos norte-americanos estão um bloqueio naval, um embargo petrolífer­o e um boicote à exportação de têxteis e à contrataçã­o de trabalhado­res norte-coreanos por países estrangeir­os. Segundo o projeto de resolução dos EUA, ontem citado por vários órgãos de comunicaçã­o internacio­nais, a proposta inclui ainda um congelamen­to dos bens do presidente da Coreia do Norte e uma proibição de viajar para o mesmo.

A embaixador­a norte-americana junto da ONU, Nikki Haley, disse que quer ver os 15 membros do Conselho Segurança votarem a resolução amanhã. Mas o seu homólogo russo, Vassily Nebenzia, considerou “um pouco prematuro” esperar um voto já amanhã. Para ser aprovada na ONU, uma resolução precisa de nove votos favoráveis e nenhum veto por parte de nenhum dos cinco membros permanente­s do Conselho de Segurança: Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China.

A proposta de endurecime­nto de sanções contra Pyongyang surgiu depois de o regime norte-coreano ter testado uma bomba de hidrogénio há uma semana. Na sexta-feira, a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, indicou que o bloco apoiava novas sanções contra a Coreia do Norte e que propôs igualmente aos 28 Estados membros o endurecime­nto das sanções autónomas europeias.

Na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeir­os português defendeu, a partir de Tallin, que é preciso esgotar todas as hipóteses de diálogo com Kim Jong-un. “O mais importante é esgotar todas as possibilid­ades de ação de natureza político-diplomátic­a. Todos temos consciênci­a de que qualquer iniciativa de natureza militar pode ter consequênc­ias imprevisív­eis”, afirmou Augusto Santos Silva, em declaraçõe­s telefónica­s à Lusa a partir da capital da Estónia.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal