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Azuis e brancos perderam e também sofreram os primeiros golos da temporada – um deles do ex-benfiquist­a Talisca

- GONÇALO LOPES

O FC Porto iniciou com o pé esquerdo a participaç­ão na Liga dos Campeões, ao perder ontem na receção ao Besiktas.

Na estreia na Champions, Sérgio Conceição não pôde contar com o goleador Aboubakar, castigado, dando novamente a titularida­de a Soares, mas não foi pela falta do avançado que os dragões não conseguira­m vencer os turcos do Besiktas. Tal como neste início de época, houve raça, vontade, muita velocidade, mas ontem houve também muita falta de ligação entre setores. E esse foi o principal pecado que ditou o insucesso.

A primeira parte foi marcada por muita intensidad­e, muitos lances de golo, mas sobretudo por muita desorganiz­ação de ambos os lados. Havia emoção, é certo, mas no aspeto tático o jogo deixava muito a desejar. O FC Porto dava os tais espaços entre linhas, sem entreajuda­s rápidas, ao passo que Pepe, Ricardo Quaresma e companhia cometiam erros no meio-campo, onde perdiam muitas bolas, e também na frente, exagerando nos lances individuai­s.

O primeiro golo da partida, para o Besitktas – por Talisca, aos 13’, num cruzamento perfeito de Quaresma (que regressou ao Dragão como adversário, tal como Pepe) para a cabeça do brasileiro cedido pelo Benfica –, acabou, contudo, por dar alguma tranquilid­ade à formação turca, sobretudo a defender. E mesmo o empate dos dragões, num autogolo de Tosic, aos 21’, não voltou a retirar essa confiança no setor mais recuado, até porque o 1-1 não durou muito tempo, com Tosun a fazer o segundo para os turcos num remate fulminante fora da área, aos 28’, num lance em que pareceu que Casillas podia ter feito mais.

Um golo que poderia ter caído para qualquer um dos lados, pois o jogo estava totalmente desequilib­rado, partido, mas ainda assim eram os turcos que estavam melhor.

E com pouco mais de 60 minutos para jogar o embate não mudou muito mais. Um Besiktas a vencer e a defender muito bem e um FC Porto com mais coração do que cabeça na procura de um resultado mais positivo.

É verdade que no início da segunda parte o FC Porto até dominou por completo, sobretudo até à hora de jogo, quando teve oportunida­des para empatar. Ajudaram a isso as entradas de André André e Otávio, a reforçar a zona central, mas com o passar do tempo os nervos começaram a apoderar-se dos comandados de Sérgio Conceição.

A teia que os turcos montaram logo no seu meio-campo não permitiu que os azuis e brancos tivessem os espaços que tinham conseguido, sobretudo, no primeiro tempo. Soares e Marega, os avançados, pouca bola tiveram nos derradeiro­s minutos. E sem conseguir fazer a bola chegar à área, as oportunida­des escasseava­m.

Já o Besiktas, bastante cínico, preferiu sempre gerir a vantagem do primeiro tempo, optando pelo contra-ataque no Dragão e a quatro minutos do fim matou o jogo, com um golo de Babel, totalmente contra a corrente, mas a aproveitar os espaços dados na defesa azul e branca, que nesta época ainda não tinha sofrido quaisquer golos.

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 ??  ?? Ex-benfiquist­a Anderson Talisca inaugurou o marcador para o Besiktas, após cruzamento de Ricardo Quaresma, que voltou ao Dragão na pele de adversário
Ex-benfiquist­a Anderson Talisca inaugurou o marcador para o Besiktas, após cruzamento de Ricardo Quaresma, que voltou ao Dragão na pele de adversário

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