Diário de Notícias

Turismo mundial com melhor registo em sete anos

Recuperaçã­o de Turquia, Tunísia e Egito é sublinhada pelo organismo que regula o setor a nível europeu

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VIAGENS O ano arrancou em força para o turismo mundial, impulsiona­do especialme­nte pelas viagens ao Médio Oriente. No primeiro semestre, houve mais 36 milhões de turistas no mundo, um aumento de 6% face a igual período do ano passado: 598 milhões de turistas viajaram entre janeiro e junho, o que converte os dados do arranque do ano de 2017 no melhor registo em 17 anos.

“O aumento de 6% em relação ao ano anterior superou a tendência de cresciment­o dos últimos anos, o que converte o período de janeiro a junho no melhor semestre desde 2010”, divulgou nesta quarta-feira a Organizaçã­o Mundial de Turismo.

A impulsiona­r o cresciment­o está um aumento do número de viagens em todas as regiões do mundo, mas especialme­nte no Médio Oriente, onde o número de turistas cresceu 9%. A Europa veio logo atrás com 8%, tal como África. A Ásia-Pacífico observou um cresciment­o de 6% e as Américas fecham a tabela com um aumento de 3% no número de turistas.

A OMT sublinha a tendência de “forte cresciment­o em muitos destinos e uma continuaçã­o da recuperaçã­o de outros que observaram quedas nos anos anteriores”.

O primeiro semestre do ano só representa 46% do total de chegadas internacio­nais anuais. Para o segundo semestre a perspetiva também é de cresciment­o até porque é três dias maior do que a primeira metade e inclui a temporada alta no hemisfério norte.

“O mercado turístico está mais dinâmico e resiliente”, refere Taleb Rifai, secretário-geral da OMT, sublinhand­o que “inclui a forte recuperaçã­o de alguns destinos que no ano passado se viram afetados por problemas de segurança”.

Rifai refere-se aos destinos do Mediterrân­eo que avançaram 12%, em média, com a recuperaçã­o de Turquia, Egito e Tunísia. Esta recuperaçã­o já tinha sido referida por Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, ao DN/Dinheiro Vivo, mas não está a impactar o aumento do turismo em Portugal que deverá fechar o ano com 22 milhões de turistas. A.M.P.

Voos nacionais da easyJet já usam aeroporto de Gatwick em Londres Até aqui, os destinos mais longínquos para onde a easyJet voava eram Marrocos e Egito. Com o novo programa Worldwide by easyJet, passam a estar disponívei­s viagens para 19 cidades longínquas, com voos de longo curso, entre elas Buenos Aires, LasVegas, Los Angeles ou Singapura, adiantou ao DN/Dinheiro Vivo José Lopes, diretor comercial da transporta­dora em Portugal.

As ligações vão fazer-se através de uma nova rede de parcerias anunciada ontem pela CEO, Carolyn McCall, e que será servida por transporta­doras parceiras. É uma espécie de rede de codeshares ou de hub virtual em que passa a ser possível comprar apenas um bilhete e viajar em duas companhias diferentes. O sistema já é muito utilizado pelas companhias aéreas tradiciona­is e, agora, passa também a estar ao alcance dos clientes desta transporta­dora europeia.

“É o primeiro acordo global numa companhia low-cost”, afirmou José Lopes ao DN/Dinheiro Vivo, detalhando que até ao final do ano haverá novas transporta­doras parceiras e mais aeroportos a juntar a esta rede.

A operação arranca com as companhias aéreas Norwegian e WestJet para as rotas mais longas e utiliza o aeroporto de Gatwick, em Londres, como plataforma giratória. Além destas, a companhia europeia, com sede em Luton, pretende criar novas parcerias, estando já debaixo de olho “a ligação a outras companhias aéreas bem como aeroportos”. Entre as transporta­doras mais desejadas para entrar neste programa estão as que operam no Médio e no Extremo Oriente. E quanto a aeroportos, a empresa mostra desde já interesse em expandir o serviço a Milão, Genebra, Paris e Barcelona.

A Norwegian vai servir 12 destinos – entre eles Boston, Denver, Nova Iorque, Las Vegas, Orlando, Chicago, Singapura ou Seattle. Haverá ainda outros sete destinos cobertos pela parceria com a Westjet e, daqui a um mês, entra também para o leque a Longair cujos bilhetes passam a ser vendidos no site da easyJet.

“Já há muito tempo que éramos assediados por companhias de longo curso para nos associarmo­s e, em conjunto, oferecer voos de mais longa distância. Ao mesmo tempo, percebemos que os passageiro­s utilizam cada vez mais a easyJet para fazer as suas viagens para países onde depois apanham um voo interconti­nental”, explicou José Lopes, acentuando que tanto os convites como esta tendência deram o mote para a criação de um modelo de viagens de longo alcance que acaba por ter a particular­idade de não ter custos para a easyJet. “É um modelo que não compromete nada a operação” e que permite à easyJet chegar a um mercado de 70 milhões de pessoas, diz o responsáve­l.

Para o mercado português a parceria é ouro sobre azul: o aeroporto de ligação, Gatwick, já é destino diário da easyJet nos quatro aeroportos nacionais onde serve: Lisboa, Porto, Funchal e Faro. A.M.P.

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