Responsável da ONU pelos direitos humanos diz estar em curso uma “limpeza étnica” na Birmânia contra os rohingya
tem pela plataforma SITE, que segue a propaganda islamita online. Símbolo que desilude Aung San Suu Kyi, de 72 anos, foi vista durante décadas como uma referência moral e figura com estatura equivalente, por exemplo, à de um Nelson Mandela, ao iniciar a resistência não violenta contra a junta militar que invalidou as eleições de outubro de 1990, ganhas pelo seu partido, a LND, com mais de 80% dos votos. Filha de Aung San, considerado o pai da independência da Birmânia, Suu Kyi casou-se com o britânico Michael Aris (falecido em 1999), de quem tem dois filhos. O facto de se ter casado com um estrangeiro é o que a impede de aceder à presidência do país no quadro de uma lei aprovada pela junta militar.
Os períodos de detenção arbitrária, prisão domiciliária e, inclusive, ataques contra a sua integridade física reforçaram o estatuto de Suu Kyi e acabaram por forçar o recuo dos militares. A partir de 2009, inicia-se um processo negocial que culmina nas eleições de 2010 e num voto intercalar, em 2012, para permitir a sua entrada no Parlamento. Em 2015, a LND obtém clara vitória nas legislativas e Suu Kyi torna-se a líder de facto da Birmânia. Desde então, recusou conceder cidadania aos rohingya. Em 2016, na reunião da ONU em que não estará presente neste ano, defendeu a posição tradicional das autoridades birmanesas na questão desta etnia.