Diário de Notícias

Merkel à frente nas sondagens recusa segundo duelo televisivo

CDU tem 37% das intenções de voto, face aos 23% do SPD. Eleições são dia 24 de setembro e chanceler procura o quarto mandato

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ALEMANHA Com uma vantagem de 14 pontos percentuai­s nas sondagens, a chanceler Angela Merkel recusou o desafio do principal adversário, o social-democrata Martin Schulz, de participar num segundo debate televisivo. “Merkel gostou muito de participar no duelo televisivo. O formato resultou bem. E vai deixar as coisas como estão”, revelou a União Democrata-Cristã (CDU), em resposta à carta enviada pelo líder do Partido Social-Democrata (SDP). Schulz desafiava a chanceler para um novo frente-a-frente por considerar que não tinham discutido no primeiro debate, a 3 de setembro, temas essenciais como educação, pensões ou economia digital.

O ex-presidente do Parlamento Europeu aparenta maior à vontade de falar em público do que a chanceler, mas não conseguiu a vitória de que necessitav­a. Em parte porque os dois partidos, que atualmente governam em coligação, concordam em muitas questões políticas. Schulz tem procurado centrar a campanha nos temas de justiça social, mas não tem conseguido passar a sua mensagem. Merkel, no poder desde 2005 e à procura do seu quarto mandato, tem pedido aos eleitores para não arriscarem com uma aliança de esquerdas nestes “tempos turbulento­s”.

Segundo a sondagem do Instituto Forsa, publicada ontem pelo semanário Stern e a estação de televisão RTL, os conservado­res de Merkel surgem com 37% das intenções de voto. O SPD surge com 23% dos votos, igualando o pior resultado de sempre do partido (2009, com Frank-Walter Steinmeier, atual presidente alemão). O Die Linke (esquerda) surge em terceiro, com 10%, seguindo-se a Alternativ­a para a Alemanha (AfD, direita), com 9%. Finalmente, os Verdes e o Partido Liberal conseguem 8%. São os últimos partidos a ultrapassa­r a barreira dos 5%, que lhes permite entrar no Bundestag.

Apesar da vantagem de 14 pontos percentuai­s de Merkel, há uma queda de um ponto em relação à sondagem anterior do Instituto Forsa. É também o pior resultado para a CDU e os aliados bávaros da CSU em quatro meses.

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