Grupo GLN estuda novas fábricas no exterior
Indústria. Grupo investiu 2,5 milhões na segunda linha de produção de cápsulas Delta Q
O GLN, grupo de produção de peças plásticas técnicas pertencente à Gestmin, de Manuel Champalimaud, está “a olhar com muita atenção para outras áreas geográficas”, na Europa, para a instalação de novas unidades de produção.
“Estamos a pensar em toda a zona circundante da Alemanha, já que temos muitos clientes [na área de moldes do setor automóvel], nomeadamente na Polónia e na Hungria, que poderão ser favoráveis a um investimento próximo”, adianta António Freitas, CEO do grupo GLN, ao DN/Dinheiro Vivo, à margem da inauguração da nova linha de produção de cápsulas Delta Q. “Estamos em negociações”, diz, sem precisar datas. “Os processos de aprovação são longos, especialmente para a indústria automóvel, portanto não creio que seja possível no próximo ano.”
A empresa exporta cerca de 75% da produção, mas a instalação da primeira unidade no exterior foi em julho, no México, onde a GLN investiu cerca de 2,5 milhões de dólares (dois milhões de euros) numa fábrica de injeção de plásticos para o setor automóvel.
Em Portugal, o grupo acaba de criar na unidade de Famolde, na Marinha Grande, uma segunda linha de produção para a Delta Q, o segmento de café de consumo no lar do grupo de Rui Nabeiro. Com capacidade para dez milhões de cápsulas por semana, a nova linha implicou um investimento de cerca de 2,5 milhões de euros e representa o reforço de uma parceria entre dois grupos nacionais familiares que decorre desde 2010. “Uma parceria sólida e duradoura que só as empresas acompanhadas pelos seus acionistas podem satisfazer”, defendeu Manuel Champalimaud, destacando o papel dos grupos familiares no desenvolvimento industrial.
O pavilhão que acolhe a nova linha da Delta Q tem capacidade de expansão e o grupo antecipa que “no próximo ano tenhamos aqui produção de outras áreas de negócio”, diz António Freitas. O grupo fecha neste ano o ciclo de investimento de 13 milhões, através do Portugal 2020, na melhoria da capacidade e eficiência produtiva. O próximo ciclo será na qualificação dos quadros. A GLN deverá fechar 2017 com um volume de negócios a rondar os 30 milhões de euros. “Esperamos nos próximos quatro anos estar no patamar acima, com a contribuição significativa da nossa unidade do México, que no curto prazo, deverá rondar cerca de dois milhões de euros.”