Diário de Notícias

Sp. Braga surpreende Hoffenheim e vimaranens­es travam Salzburgo

Arsenalist­as foram vencer a casa dos alemães, que no fim de semana passado bateram o Bayern. Já a formação de Guimarães garantiu um ponto contra os campeões austríacos

- GONÇALO LOPES

O Minho tem razões para sorrir neste arranque da Liga Europa. O Sp. Braga bateu fora o Hoffenheim, por 2-1, ao passo que o V. Guimarães empatou (1-1) em casa com o favorito Salzburgo.

Na Alemanha, e contra as expectativ­as generaliza­das, o Sp. Braga acabou por surpreende­r o Hoffenheim, que ainda no último fim de semana derrotou o todo-poderoso Bayern Munique para a Bundelisga. Muitos não confiavam, mas havia pelo menos alguém que nunca duvidou, concretame­nte o presidente António Salvador, que na véspera tinha prometido surpreende­r em terras germânicas.

Os alemães dominaram praticamen­te todo o jogo, com os bracarense­s a jogarem em contra-ataque, mas sempre com muita cabeça a defender. O primeiro golo da partida acabou por ser do Hoffenheim, que era também a equipa mais perigosa, aos 24’, por Wagner, mas nem esse golo fez tremer a equipa portuguesa.

Sempre muito organizado­s, os comandados de Abel chegaram mesmo ao empate perto do intervalo, por João Carlos Teixeira, golo esse que enervou os alemães e deu ainda mais confiança ao Sp. Braga. E com mais confiança ficou quando, logo no reatamento, aos 50’, Dyego Souza operou a reviravolt­a num rápido contra-ataque. Com a vantagem do seu lado, a equipa portuguesa fechou-se bem na sua defesa e os alemães nunca conseguira­m furar a muralha. Num ou outro lance até deixaram Matheus apreensivo, mas não o suficiente para que os bracarense­s não trouxessem da Alemanha os três pontos, que lhes garante também o primeiro lugar isolado do grupo, fruto do empate (0-0) entre Istanbul Basaksehir e Ludogorets Razgrad.

Até ontem só por sete vezes as equipas portuguesa­s tinham vencido na Alemanha, nomeadamen­te o FC Porto (três), Benfica (dois), Belenenses e CUF, isto em 70 jogos. Vitória marcou primeiro Apesar de jogar em casa, o V. Guimarães não era ontem o favorito, pois tinha pela frente Salzburgo, equipa austríaca sob a asa da Red Bull que tem dominado o seu campeonato. Ainda assim, os vimaranens­es nunca viraram a cara à luta e os três pontos estiveram perto de ficar em casa.

O Salzburgo entrou pressionan­te, mas aos poucos os comandados de Pedro Martins começaram a tomar conta do jogo, baixando o ritmo dos austríacos e apostando no ataque pelas alas. Raphinha e Rincón causavam alguma mossa e, aos 25’, o capitão Pedro Henriques inaugurou o marcador.

Era a festa no Estádio D. Afonso Henriques e Teixeira esteve perto do 2-0 aos 38’. OV. Guimarães estava bem no jogo, acreditava, mas sob o apito para o descanso os austríacos empataram por Berisha.

No segundo tempo o Salzburgo tentou de tudo para conseguir chegar à vantagem, tendo estado sempre mais perto do golo, mas o V. Guimarães soube defender bem o empate, pecando apenas nas poucas vezes que arriscou o ataque. Inédito: um onze sem europeus Com o jogo de ontem, os vimaranens­es também entram para a história do futebol, isto depois de terem sido a primeira equipa a jogar de início com 11 jogadores não europeus nas competiçõe­s uefeiras: nove futebolist­as sul-americanos e dois africanos.

 ??  ?? Bracarense­s, em cima, fazem a festa após o segundo golo, de Dyego Souza. Pedro Henrique, capitão do V.Guimarães, foi o autor do primeiro golo na Cidade-Berço
Bracarense­s, em cima, fazem a festa após o segundo golo, de Dyego Souza. Pedro Henrique, capitão do V.Guimarães, foi o autor do primeiro golo na Cidade-Berço
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