Passos elogia mérito de Costa em afastar receios dos investidores
Presidente do PSD afirma que subida do rating pela S&P teria ocorrido mais cedo se o seu governo tivesse continuado em funções
O presidente do PSD qualificou, ontem, como “uma excelente notícia” a decisão da agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) de retirar Portugal do lixo e elogiou o papel do atual governo.
O executivo da geringonça “tem o mérito de ter conseguido nestes dois anos provar que os receios que os investidores tinham eram infundados, porque o governo acabou por garantir as metas que eram importantes para os que estabelecem o rating para o país”, afirmou Pedro Passos Coelho, à margem de um jantar de campanha autárquica em Mafra.
O líder social-democrata frisou, contudo, que a decisão poderia ter sido tomada mais cedo se o executivo anterior tivesse continuado em funções: “Se não tivéssemos tido uma alteração de governo, muito provavelmente essa melhoria teria ocorrido mais rapidamente.”
Pouco depois, vindo de Bruxelas, o primeiro-ministro (ver entrevista nas páginas 4 a 9) contrapôs: “É tão verdade como eu dizer que se o governo tivesse mudado mais cedo teríamos saído ainda mais cedo.”
O deputado socialista João Galamba realçou ao DN que a decisão da S&P terá “um impacto ainda maior” na dívida “porque os mercados não estavam à espera”. “Quando uma decisão destas surpreende os mercados, o impacto [nos juros da dívida ] é significativo”, adiantou o deputado socialista, enfatizando que esse “é um excelente resultado” e um “sinal de reconhecimento dos resultados atingidos pela estratégia do governo”.
O deputado comunista Paulo Sá, citado pela Lusa, disse por sua vez que Portugal não pode estar dependente das agências de rating para tomar as opções necessárias para o país e para os portugueses. “O PCP entende que Portugal não pode estar dependente das agências de rating para tomar as suas opções e deve apostar na produção nacional, na criação de emprego, na melhoria dos serviços públicos, na melhoria em geral das condições de vida dos portugueses, independentemente das classificações que as agências de rating entendam atribuir a Portugal”, disse aos jornalistas em Silves. M.C.F.