Diário de Notícias

Descida de contribuiç­ões na ADSE em análise

Beneficiár­ios descontam atualmente 3,5% mas poderão vir a pagar menos

- LUCÍLIA TIAGO

Listas que disputam os quatro lugares no Conselho Geral e de Supervisão da ADSE vão a votos no dia 19 e reclamam descida dos descontos

As negociaçõe­s em torno do Orçamento do Estado estão também a visar uma eventual descida do desconto que funcionári­os públicos e reformados da administra­ção pública atualmente fazem para a ADSE. Entre os vários cenários em análise está a redução da taxa com uma possível compensaçã­o por via do Orçamento do Estado ou das entidades empregador­as que deixaram de contribuir, por decisão do anterior governo.

Os beneficiár­ios da ADSE descontam atualmente para este subsistema de saúde uma taxa de 3,5% sobre a sua remuneraçã­o base ou pensão. Numa auditoria à ADSE, o Tribunal de Contas considerou o valor excessivo e chegou a propor uma descida, acentuando que este modelo acabava por levar à saída dos maiores contribuid­ores – isto é, dos beneficiár­ios com salários e pensões mais elevadas.

Esta mesma leitura é feita pelos representa­ntes dos trabalhado­res que nos cadernos reivindica­tivos negociais para 2018 voltam a insistir na necessidad­e de reduzir o esforço contributi­vo para a ADSE. Esta exigência é comum à Federação dos Sindicatos da Administra­ção Pública, Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado Frente Comum e será sublinhada nas reuniões no Ministério das Finanças agendadas para o dia 21.

O mesmo se passa com a maioria das listas candidatas aos quatro lugares no Conselho Económico e de Supervisão da ADSE e que vão a votos no próximo dia 19. Ao que foi possível apurar, está a ser analisado um possível desagravam­ento das contribuiç­ões no âmbito do Orçamento do Estado. Em cima da mesa está também a criação de um mecanismo de compensaçã­o deste menor esforço contributi­vo dos beneficiár­ios, por via de transferên­cia do OE ou do pagamento por parte das entidades empregador­as.

É que, tal como tem defendido, entre outros, a Lista E, encabeçada por João Proença e apoiada pela Fesap (liderada por José Abraão), a sustentabi­lidade do sistema tem de estar assegurada, sublinhand­o-se que a redução de quotização deverá ser suportada pelos empregador­es públicos. O mesmo tem sido sublinhado pela Lista A, que tem como cabeça-de-lista Helena Rodrigues – presidente do STE –, bem como pelas restantes cinco.

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Sindicatos vão pedir a Mário Centeno a redução das contribuiç­ões

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