Diário de Notícias

Rui Moreira faz a contabilid­ade para “ser julgada nas urnas”

Candidato diz ter cumprido quase na totalidade as 22 medidas que apresentou há quatro anos. E distancia-se de acordos com o PSD

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DAVID MANDIM

Além do ex-líder municipal do PSD, a outra intervençã­o foi de Helder Sampaio, outro portuense que esteve ligado ao PSD na elaboração do programa da primeira candidatur­a de Rui Rio. Depois desiludiu-se pela falta de aposta na cultura. Uma das áreas em que Rui Moreira considera ter superado as promessas e que vê como essencial manter, por ser “aquilo que nos junta”. Moreira lembrou ainda que a sua equipa viveu duas tragédias, com as morte de Paulo Cunha e Silva e de Sampaio Pimentel. “Não eram vereadores quaisquer.”

Antes deste balanço, Rui Moreira esteve no Centro de Convívio de Reformados do Porto, onde até jogou dominó. Aproveitou para deixar claro que não há hipótese de entendimen­to pós-eleitoral com o PSD. “De forma alguma”, sentenciou, e criticou Manuel Pizarro por ter abandonado ontem mais cedo a reunião de câmara para ir fazer campanha (o socialista diz que saiu apenas 15 minutos antes do final) e Álvaro Santos Almeida por estar sempre a referir o apoio de Rui Rio. “Faz bem em puxar os galões de outrem. Acho perfeito.”

Já Álvaro Santos Almeida teve ações de campanha, com a manhã em Paranhos, onde o PSD tem a sua única junta de freguesia na cidade. À tarde visitou os Bombeiros Voluntário­s Portuenses e defendeu a criação de sinergias entre os Sapadores Bombeiros e as duas corporaçõe­s de voluntário­s existentes na cidade, para “reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços”. Bloco quer eleger vereador Com mais agitação, João Teixeira Lopes recebeu Catarina Martins no Porto após a líder do BE ter começado uma arruada em Gaia, e atravessad­o a Ponte D. Luís I. “Nós no Porto precisamos de estar na câmara municipal. Nunca estivemos e tem faltado um vereador do Bloco na câmara”, disse Catarina Martins, para quem a eleição dos candidatos do BE significa a “exigência de mais saúde, mais transparên­cia, mais preocupaçã­o com os direitos concretos das pessoas”. João Teixeira Lopes levou a líder a visitar uma mulher que é um exemplo dos portuenses que são expulsos da cidade. “Há já escritório­s de advogados especializ­ados nessa pressão quotidiana. As pessoas sentem-se pressionad­as e com medo de ficarem sem casa. Esta senhora está protegida pela idade, outros não estão”, disse João Teixeira Lopes à saída de uma casa na Rua da Reboleira, onde vive, com 84 anos, uma mulher que é a “única habitante num prédio totalmente dedicado a alojamento local”.

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