Compras de 250 euros são feitas entre um mês a 15 dias antes
Portugueses continuam a querer poupar, mas a maioria deverá deixar as compras para últimos dias antes do Natal
ESTUDO A maioria dos portugueses só realizam as compras de presentes entre um mês e 15 dias antes do Natal, revela o estudo do Observador Cetelem para 2017.
Muitos aproveitam as promoções pré-natal da Black Friday (37%) e da Cyber Monday (32%) e 25% preferem esperar pelas promoções após a data festiva. Embora 50% dos inquiridos confessem que irão comprar um presente para si mesmo, 67% decidiram que irão oferecer presentes apenas a crianças ou à família mais próxima.
Mais do que no ano passado, os portugueses querem poupar neste Natal (30%) e isso será atingido também pela confeção da comida em casa (16%), compras com muita antecedência ou em época de saldos (6%) e fazendo os presentes em casa (6%).
Quanto aos pagamentos, 27% tem intenção de utilizar cartão de crédito nas compras de Natal – o valor mais elevado entre os dados disponíveis, que remontam a 2011. O valor médio que os portugueses tencionam gastar neste natal é de 252 – mas só 53% serão em prendas (134), destinando-se o restante a mercearias (34%), compras sazonais (8%) e férias (5%). O gasto médio por pessoa a quem vão oferecer prendas é de 22, não passando de meia dúzia os contemplados.
Os presentes que tencionam comprar dão prioridade ao vestuário, seguindo-se os produtos culturais, como livros ou CD, sem faltarem os brinquedos para os mais novos na lista de compras. Entre os artigos mais desejados para receber neste Natal estão também as peças de vestuário (34%), os perfumes e relógios (15%) e os produtos culturais (12%), quase empatados com os telemóveis ou smartphones (11%).
Estes só surgem, todavia, em 10.º lugar na lista de presentes a oferecer pelos portugueses. As lojas de centros comerciais continuam a ser o primeiro recurso (90%) para as compras de Natal, seguidas das lojas de comércio tradicional (48%) e dos super e dos hipermercados. Só 1% pensa comprar pela internet e 4% através de catálogo. Há mais. Também crescemos nas vendas e o nosso crescimento de pessoas é sempre diretamente relacionado com isso. Notam dificuldade em recrutar para esta altura, sobretudo neste ano? É mais difícil do que era há dois ou três anos. Não há dúvidas, em relação a isso. Principalmente para a fábrica, mais do que para as lojas. Mas ainda não é nada de preocupante. É algo absolutamente normal para um país que está com uma taxa de desemprego menor. Sentem essa tendência de descida do desemprego nos vossos recrutamentos? No nosso caso, se falarmos na fábrica, há emprego de duração limitada, mas há uma parte muito significativa de pessoas que depois continuam. Ou seja, das que entram para o Natal, depois há 20% ou 30% que acabam por ficar. Por isso, são postos que são também uma oportunidade para emprego permanente. E são nessas posições que têm sentido mais dificuldade?