Suíça e Croácia também vão à Rússia no verão de 2018

Helvéticos afastaram a Irl. Norte, com Seferovic assobiado. Croácia nem suou diante da Grécia. Hoje é o dia D para a Itália

A festa suíça em Basileia e o esforço inglório de Zeca, que falha o Mundial, tal como Mitroglou e Samaris

BRUNO PIRES A Suíça e a Croácia asseguraram ontem a presença no Mundial 2018, mas de formas distintas.

Os helvéticos defendiam o 1-0 que tinham conquistado em Belfast diante da Irlanda do Norte e foi isso mesmo que fizeram, impondo um 0-0 suficiente para os seus objetivos.

Em Basileia era a Irlanda do Norte que tinha de correr atrás do prejuízo, depois da grande penalidade duvidosa que a tinha deixado em desvantagem no encontro da primeira mão.

Ainda assim, começaram por ser os suíços que tomaram conta do jogo, dando a entender que pretendiam resolver a eliminatória cedo. Tiveram, diga-se, muitas oportunidades nos primeiros 45 minutos para carimbar o passaporte, mas a ineficácia ofensiva, sobretudo do benfiquista Seferovic, acabou por dar esperanças aos irlandeses, que dominaram quase toda a segunda parte e viram bem perto do final Ricardo Rodríguez, colega de André Silva no AC Milan, travar em cima da linha de golo uma tentativa de Washington que parecia levar a eliminatória para o prolongamento.

A Suíça, nos segundos 45 minutos, só teve alguma iniciativa atacante quando Embolo rendeu Seferovic, que saiu bastante assobiado pelos seus próprios adeptos. O avançado do Benfica não gostou da reação do público, começou por aplaudir, mas depois fez um gesto com os dedos a simular um assobio para toda a plateia. Acabou por ser acalmado pelos colegas quando o caldo ameaçava entornar-se. “Lamento que Seferovic tenha sido vaiado depois de uma campanha tão boa. Os assobios dos adeptos não me pareceram bem”, disse no final o capitão da Suíça, o lateral da Juventus Lichtsteiner.

E o defesa tem alguma razão, basta lembrar que a Suíça, na fase de qualificação, venceu todos os encontros, com exceção do jogo na Luz diante de Portugal.

Com maior ou menor dificuldade, a Suíça conseguiu o apuramento para a sua 11.ª fase final em Campeonatos do Mundo.

A Croácia, por seu turno, também obteve o passaporte para a Rússia. Confortável com os 4-1 obtidos em Zagreb frente à Grécia, a Croácia até teve as melhores oportunidades do encontro, em especial um remate ao ferro de Perisic. A Grécia de Zeca e Mitroglou, com Samaris no banco, nunca foi uma equipa esclarecida e isso fez-se pagar caro, terminando o jogo como começou. Assim, a Croácia marca presença pela quinta vez num Mundial.

Hoje decide-se entre a Itália e a Suécia a penúltima vaga europeia – amanhã a luta será entre a Irlanda e a Dinamarca, após o 0-0 de Copenhaga. Os transalpinos têm de ultrapassar o 0-1 do encontro de Solna para evitarem a primeira ausência em Mundiais desde 1958, um evento que decorreu... na Suécia. No que toca a fases finais, a última vez que a Itália ficou de fora foi no Europeu 1992 realizado... na Suécia.

“Estamos obrigados a um pequeno feito e é preciso que os adeptos nos apoiem. Se ouvirmos assobios e críticas, isso terá um efeito negativo”, disse ontem o veterano Buffon a propósito do encontro desta noite em Milão, no mítico San Siro.