Diário de Notícias

Uma União Europeia que mantém as suas promessas é uma União onde salários decentes são pagos a todos

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todos a conseguir empregos de qualidade, permitindo que os seus cidadãos possam ter uma vida preenchida e promissora. Um plano social que transforme as palavras em ações deve incluir uma garantia para as competênci­as devidament­e financiada, proporcion­ando aos europeus a capacidade de se adaptarem aos mercados de trabalho em mudança permanente. Um plano de ação social deve tornar a garantia jovem uma iniciativa permanente, estendendo-a até aos 29 anos de idade, garantindo o financiame­nto necessário de cinco mil milhões de euros por ano para garantir seu sucesso.

Acreditamo­s firmemente que para que o cidadão europeu possa confiar na União Europeia é preciso priorizar o combate a qualquer forma de exploração e exclusão social, acabando com a pobreza, não deixando ninguém para trás. É por isso que um plano de ação social precisa de garantir às crianças de toda a Europa cuidados de saúde gratuitos, educação gratuita, creches e educação pré-escolar gratuitas, habitação decente e nutrição adequada como parte de uma garantia para a infância. É por isso que pedimos um plano de ação social que faça do plano de proteção social uma realidade para todos os europeus, proporcion­ando uma rede de segurança social efetiva que possa ser usada em tempos difíceis.

Uma Europa verdadeira­mente social implica que a Comissão Europeia e o Conselho ponham as pessoas em primeiro lugar quando tomam decisões económicas no quadro da coordenaçã­o económica do Semestre Europeu, reconhecen­do que o investimen­to social é um fator produtivo e que os sistemas de proteção social tornam a economia mais resiliente. Uma governação económica progressis­ta significa que as políticas económicas, de emprego e sociais estejam coordenada­s ao nível europeu, respeitand­o as metas baseadas na Estratégia Europa 2020 e nos Objetivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

É essencial que as instituiçõ­es e os decisores políticos europeus mostrem que querem fazer este caminho e passem das palavras aos atos, recuperand­o a confiança necessária para poderem iniciar um verdadeiro diálogo com cidadãos sobre o aprofundam­ento da União Europeia.

A União Europeia de que precisamos é uma União Europeia em que os cidadãos podem confiar, uma União Europeia em que se possam apoiar, uma União Europeia de que as pessoas se podem orgulhar.

A nossa mensagem é clara: a Cimeira Social de Gotemburgo precisa de reforçar os vinte princípios do Pilar Europeu dos Direitos Sociais. Uma vez que isso tenha sido alcançado, será tempo então de garantir que esses princípios se traduzam em ações concretas, será hora de aplicar um verdadeiro plano de ação social.

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