Diário de Notícias

Governo diz que a comunidade portuguesa está calma

Ministro Augusto Santos Silva diz que situação dos mais de mil emigrantes inscritos no Zimbabwe é da “maior normalidad­e”

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HARARE O ministro dos Negócios Estrangeir­os, Augusto Santos Silva, apelou ontem à calma e ao respeito pelas instituiçõ­es no Zimbabwe, dizendo existir uma situação da “maior normalidad­e” para os mais de mil cidadãos portuguese­s registados naquele país.

“Faço minhas as palavras da UE. Pedimos que não haja nenhuma forma de violência, que as instituiçõ­es sejam respeitada­s, e apelamos à calma de parte de todos aqueles que estão envolvidos num debate político muito aceso interno ao regime do Zimbabwe”, afirmou Augusto Santos Silva aos jornalista­s no Parlamento, onde foi ouvido sobre a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2018.

Quanto aos portuguese­s registados na secção consular da embaixada em Harare, o governante afirmou que “tudo decorre na maior normalidad­e na sua vida profission­al e social”. Ontem de manhã, assinalou, havia “algumas ruas interditas ao trânsito, mas não a peões, mas as escolas estão a funcionar, o comércio está aberto e as questões administra­tivas salvaguard­adas”. Comunidade A comunidade portuguesa no Zimbabwe, estimada em cerca de 1200 pessoas, está calma e a vida em Harare decorre normalment­e, com comércio, escolas e banca a funcionare­m normalment­e, disse ontem um emigrante português ouvido pela agência Lusa.

António Simões, proprietár­io de um restaurant­e a menos de um quilómetro do centro de Harare e há 24 anos a residir no país, salientou que a única diferença para um dia perfeitame­nte normal é a presença de militares nas ruas e avenidas mais movimentad­as junto ao Palácio do Governo, Parlamento e ministério­s.

“Apenas é proibida a circulação automóvel junto a estes locais, mas as pessoas podem atravessar a zona a pé, sem problemas”, salientou António Simões, que se preparava para ir buscar os dois filhos à escola, contactado por telefone em Harare. O emigrante confirmou que mantém o restaurant­e aberto, não existindo confrontos nem escaramuça­s. M.C.F., com Lusa

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