Diário de Notícias

Francisco J. Marques confia na punição do Benfica

CASO DOS E-MAILS O diretor de comunicaçã­o do FC Porto apresentou o livro O Polvo Encarnado e admitiu poder haver mais dois volumes

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Francisco J. Marques, diretor de comunicaçã­o do FC Porto, não vê qualquer escapatóri­a para o Benfica no seguimento dos e-mails que alegadamen­te ligam o clube da Luz a “esquemas” de corrupção. De acordo com o dirigente azul e branco será “irreal” que as águias escapem de uma punição. Esta foi a ideia mais forte transmitid­a ontem na conferênci­a de imprensa de apresentaç­ão do livro O Polvo Encarnado, do qual é coautor com Diogo Faria, criador da página Baluarte Dragão.

“Não podemos fazer previsões, mas as trapalhada­s são tantas que me parece irreal que o Benfica possa escapar ileso a tudo isto que está a acontecer. Todas as semanas têm sido conhecidas novas práticas muito duvidosas”, afirmou Francisco J. Marques, assumindo que a obra que apresentou “não é um livro de revelações”.

“Há uma ou outra coisa nova, que terão de ler para conhecer. O livro procura sistematiz­ar a informação destes últimos anos do futebol português e uma série de comportame­ntos e procedimen­tos protagoniz­ados por pessoas direta ou indiretame­nte ligadas ao Benfica, que adulteram a verdade desportiva, é isso que o livro procura fazer”, assumiu, acreditand­o que a polémica do denominado caso dos e-mails vai acabar nos tribunais: “É para isso é que existem autoridade­s judiciais. Acho que não há alternativ­a.”

O diretor de comunicaçã­o portista deixou ainda a certeza de que “os adeptos do Benfica não têm culpa nenhuma do que está a acontecer”. “Eles gostam do seu clube e estão a ser as maiores vítimas deste grande embuste. Já o foram no passado, com um outro presidente, e depois carpiram mágoas por causa disso”, sublinhou, numa referência ao período em que Vale e Azevedo dirigiu os destinos dos encarnados.

Francisco J. Marques revelou ainda que o livro que escreveu “está dividido em oito capítulos, como os tentáculos do polvo”, abrindo a possibilid­ade de haver “mais um ou dois volumes, dada a vastidão de informação” que diz possuir sobre esta matéria.

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