Diário de Notícias

Aboubakar e Brahimi evitaram o escândalo já nos descontos

FC Porto chegou ao minuto 90 a perder e com Sérgio Conceição expulso, mas salvou-se num final emocionant­e

- MANUEL QUEIROZ

Um final de loucos, com dois golos nos descontos, permitiu ao FC Porto continuar na Taça de Portugal, depois de vencer em casa o Portimonen­se por 3-2. A equipa mantém a invencibil­idade nas provas nacionais, que esteve seriamente ameaçada porque ao minuto 90 os algarvios estavam a ganhar 2-1 e a controlar o jogo. Uma noite de sofrimento no Dragão, que assistiu também à primeira expulsão de Sérgio Conceição como técnico portista, já na parte final, por parte do melhor árbitro português, Soares Dias, mas que ontem nem sempre esteve ao melhor nível.

Este jogo da quarta eliminatór­ia foi realmente de grande intensidad­e e de qualidade (sobretudo na primeira parte)– e, obviamente, de grande emoção, porque se esteve mesmo perto do escândalo. A equipa de Vítor Oliveira jogou bem, mostrou a sua capacidade ofensiva, mas também a maturidade que não tem tido noutros jogos, em que se balanceia demasiado para a frente (é o quarto melhor ataque da Liga, com menos três golos apenas do que o Benfica).

Um FC Porto com Casillas (e a baliza não ficou a zeros...), o Portimonen­se com Nakajima como ponta-de-lança. O japonês não o é, mas como é muito rotativo criou muitos problemas a dois centrais como Marcano e Felipe, que gostam mais de quem se dá à marcação. De resto, viu-se bem isso ao longo da noite.

Marcou cedo a equipa de casa, de bola parada como tem sido habitual: canto de Alex Telles e Danilo a desviar com o pé mesmo em frente à baliza. No seu 4-1-3-2, o dragão não imaginava nessa altura as urgências com que ia acabar a partida, até porque nessa altura criava oportunida­des, jogava com fluidez, apesar de um Hernâni que mostra talento mas muitas falhas no momento da decisão.

Mas o Portimonen­se, em 4-3-3, tem jogadores – e jogo – para marcar golos e empatou numa bola com vários ressaltos (e o último foi em Casillas, depois do toque deWellingt­on). Uma equipa capaz de jogadas bonitas merecia outro golo. Acabaria por tê-lo na segunda parte, num tiro de Pedro Sá, de pé esquerdo, de fora da área.

Faltavam 20 minutos para o fim e as dificuldad­es do FC Porto já eram evidentes antes. Tinha entrado Brahimi, entrou o jovem André Pereira, ponta-de-lança da equipa B, também Layun (Ricardo Pereira passou para extremo). Mas o mais importante para a reviravolt­a nos descontos foi talvez a expulsão de Felipe Macedo, com o segundo amarelo (o primeiro foi duvidoso). Soares Dias expulsou depois Sérgio Conceição, mas o FC Porto ainda conseguiu dar a volta. Aboubakar, isolado por Alex Telles, empatou já dentro dos sete minutos de desconto; depois foi Brahimi a marcar e a permitir a explosão de alegria dos adeptos.

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Danilo abriu o placard, mas os dragões só puderam festejar o apuramento para lá dos 90 minutos

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