“Criar o cérebro do Atlântico”
Qual é o significado, nomeadamente para Portugal e para os Açores, da criação do Air Center, que será formalizada nesta segunda-feira? É um passo importante para criar um futuro. É um processo que envolve muitas partes e que e se quer que tenha uma natureza internacional muito forte. Uma iniciativa de longo prazo, sustentável, que tenha impacto no Atlântico, criando emprego e valorizando Portugal e o conhecimento científico para que continuemos a contribuir para um futuro sustentável. O que será formalizado exatamente com a assinatura da Declaração de Florianópolis? Define um grupo de países fundadores, em conjunto com um grupo de instituições científicas e tecnológicas e um grupo de empresas nacionais e estrangeiras, que assumem um objetivo comum de explorar interações atlânticas, nomeadamente aproveitando as tecnologias espaciais, para valorizar o espaço atlântico naquilo que é a criação de emprego mas também de uma forma sustentável. E quais serão os passos seguintes, até concretizar o centro? No primeiro semestre de 2018 será divulgado um plano financeiro.Vai existir uma instituição, que será criada no regime legal português, até que todos os países façam os processos legais relativos à agência, o que deverá demorar no máximo um ano e meio. A minha expectativa é que até final de 2019 todos os países tenham plenos poderes para se criar uma instituição no âmbito de um acordo internacional. Em termos de precedentes, podemos comparar esta parceria, por exemplo, ao Laboratório Ibérico de Nanotecnologia, que nasceu há uma década? Sim, mas esse é só entre Portugal e Espanha. Isto é criar o cérebro do Atlântico. Estamos a juntar um grupo de países, do Norte e do Sul. Na Europa, para já, Portugal, Espanha, Reino Unido, eventualmente depois a França. Depois teremos o Brasil, o Uruguai, a Nigéria, Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde. Depois, a Universidade do Texas em Austin, e instituições muito fortes na Europa.