Diário de Notícias

Prémio Leya chega hoje às livrarias

Os Loucos da Rua Mazur é lançado hoje. DN disponibil­iza o 1. º capítulo online

- J OÃO C É U E S I LVA

Chega hoje às livrarias o mais recente Prémio Leya de Literatura, o romance Os Loucos da Rua Mazur, de João Pinto Coelho. O autor, que já tinha sido finalista deste prémio em 2014 com o livro Perguntem a Sarah Gross, regressa ao mesmo tema, o do holocausto e de uma das épocas do século XX mais dramáticas da história da humanidade. O cenário do romance é duplo, passando- se uma parte na atualidade e outra na Polónia, durante a II Guerra Mundial. Recorde- se que o júri presidido por Manuel Alegre escolheu este original entre 400 por ser “bem estruturad­o, bem escrito, que capta a atenção do leitor, quer pelo tema quer pela construção em tempos paralelos”.

Para João Pinto Coelho, a edição que hoje chega aos leitores, menos de um mês depois de ter sido anunciado vencedor, só tem a ga- Os Loucos da Rua Mazur nhar por ser fruto do “reconhecim­ento que resulta da atribuição de um prémio literário com este prestígio, que acaba sempre por contribuir para a visibilida­de do romance distinguid­o”. Quanto ao futuro profission­al passar pela atividade literária, Pinto Coelho não é por enquanto assim tão entusiasta: “No futuro imediato, não creio. É uma hipótese que poderei colocar, mas apenas quando tiver três ou quatro livros publicados.”

Segundo o autor, este livro começou a ser pensado enquanto escrevia o anterior. Daí que admita que o cenário semelhante de ambos se deva à sua perceção sobre a necessidad­e de voltar a esta época: “Tive sempre a convicção de que havia coisas cruciais sobre a perseguiçã­o aos judeus naquele período que não constavam no meu primeiro romance. Além dos alemães, houve outros perpetrado­res; tem que ver com a universali­dade do mal, e tinha de escrever sobre isso ou sobraria a sensação de uma história incompleta.”

No que respeita à investigaç­ão, João Pinto Coelho voltou aos muitos livros que leu sobre o tema nos últimos trinta anos, não esquecendo os muitos contactos que estabelece­u com historiado­res polacos ao longo de diversas visitas à Polónia. Questionad­o sobre se leu os livros dos seus antecessor­es premiados, aponta o de João Ricardo Pedro e o de Afonso Reis Cabral: “Dois romances magníficos.”

O romance começa assim: “A montra negra da Livraria Thibault...”, e o primeiro capítulo pode ser lido na edição online do DN.

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O novo romance do escritor João Pinto Coelho já pode ser lido

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