Diário de Notícias

“Não quero ser beneficiad­o, quero é árbitros corretos”

FC Porto. Conceição diz que não quer sentir-se como uma equipa estrangeir­a a jogar em Portugal e elogia o adversário de hoje, o V. Setúbal

- ISAURA ALMEIDA

O FC Porto defronta hoje (20.15, Sport TV ) o Vitória de Setúbal, um adversário que “tem um plantel com jogadores jovens e de qualidade” e “um treinador [ José Couceiro] com experiênci­a”, que Sérgio Conceição estima muito.

Elogios à parte, a estratégia no Bonfim passa por assumir a responsabi­lidade: “Somos o FC Porto e temos de ultrapassa­r este obstáculo para conquistar mais três pontos.” E sem pressão extra por jogar depois do Sporting e Benfica na 14.ª jornada. “Num clube com esta dimensão e que normalment­e luta por títulos, a pressão faz parte do que é o nosso trabalho diário e nos jogos estamos sempre pressionad­os a dar uma resposta positiva e ganhar o jogo. Eu gosto da pressão, gosto de jogar finais, jogar para nada não tem muito que ver comigo”, atirou o treinador portista, que não poderá contar com o brasileiro Otávio, por lesão.

Os dragões voltam aos jogos da I Liga depois de terem carimbado o apuramento para os oitavos-de-final da Champions (5-2, ao Mónaco). Sérgio Conceição admitiu que poderá haver algum cansaço, até porque o plantel dos dragões “não é muito extenso”, e por isso há que o “gerir de forma inteligent­e”. Pelo menos até receber os dois ou três reforços prometidos por Pinto da Costa, em entrevista ao O Jogo.

O técnico portista abordou depois a renovação de Marcano, para dizer que gostava que o espanhol continuass­e no Dragão, e falou das vantagens de estar ou não nas provas europeias: “Nunca é uma vantagem sair da Liga dos Campeões ou da Liga Europa. Os três grandes estão habituados a estar presentes nesse tipo de competiçõe­s, é sempre melhor estar do que não estar. Em termos da preparação dos jogos, disponibil­idade, focando só no objetivo principal que é o campeonato, pode ser uma vantagem.”

Questionad­o sobre as arbitragen­s, Sérgio Conceição mostrou-se algo insatisfei­to. “Quero é que o árbitro seja feliz e faça um bom jogo. Não quero ser beneficiad­o, quero é que os árbitros sejam corretos. Não quero sentir que somos uma equipa estrangeir­a a jogar em Portugal como um amigo jornalista francês me disse esta semana: ‘também tenho de lutar mais do que os outros para justificar o meu trabalho, para ser melhor. Vocês parecem uma equipa estrangeir­a no vosso país”, explicou o técnico, que na semana passada foi muito crítico com o trabalho de Jorge Sousa no clássico.

Já José Couceiro tem “dúvidas de que haja alguma equipa com mais razões de queixa do que o Vit. de Setúbal”, aludindo aos golos não validados com o Paços de Ferreira e o Vitória de Guimarães.

Quanto ao jogo, o objetivo passa por voltar a surpreende­r os dragões, equipa que os sadinos travaram por duas vezes em 2016-17 (0-0 no Bonfim e 1-1 no Dragão). “Em 20 anos, o FC Porto foi travado uma vez no Bonfim e ganhou todos os outros jogos. A regra do favoritism­o é do FC Porto, é um facto”, admitiu o treinador sadino, prometendo assim um Vitória ambicioso: “As diferenças são brutais, mas temos as nossas hipóteses. Vamos lutar e preparámos uma estratégia para contrariar a capacidade do FC Porto. Mal de mim se partisse para um jogo e não preparasse a equipa para um resultado positivo.”

Otávio é baixa do FC Porto para a visita ao Bonfim. Couceiro não pode utilizar dragão Gonçalo Paciência

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Sérgio Conceição gostava que Marcano continuass­e no Dragão e voltou a falar de arbitragem

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