“Tratamos todos sem discriminação”
O Brasil, segundo a imprensa, está a ser muito procurado por estrangeiros para fazer tratamentos de fertilidade. A que se deve? Há bastantes vantagens no Brasil. Na nossa clínica o preço é relativamente acessível – três mil euros, incluindo medicação, congelamento e primeira transferência. Por outro lado, embora nalguns países europeus as leis ainda sejam menos restritivas, no Brasil podemos tratar pessoas sem discriminação em relação à orientação sexual, idade ou peso. Pode dizer-se que o Brasil oferece a mesma qualidade dos principais países europeus? Não é possível falar como um todo, mas o Brasil possui excelentes centros de reprodução assistida, que apresentam taxas de sucesso como os melhores centros da Europa e do mundo. O boom de mães após os 40 anos no Brasil, assim como de gémeos, deve-se em parte ao boom no mercado da reprodução assistida? A idade é um fator determinante para a mulher. Aproximadamente um terço das mulheres que começam a tentar engravidar a partir dos 35 começam a ter dificuldades. A partir dos 40 é mais da metade. Algo que acho muito importante para o evitar é o congelamento de óvulos antes dos 30, de preferência. Quanto aos gémeos, a reprodução assistida contribui um pouco no Brasil para esse aumento, pois a regra é transferir dois ou mais embriões, mas é possível, como no Japão, a transferência de um único.