Diário de Notícias

Bluepharma faz parcerias com universida­des

FARMACÊUTI­CA A farmacêuti­ca Bluepharma investe 25% do seu volume de negócios em I&D

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A internacio­nalização da Frulact é um processo desenvolvi­do ao longo dos anos e passa por deter fábricas em diversos mercados, para estar mais próxima do consumidor final.

As oito unidades industriai­s que constituem o corpo produtivo da empresa estão localizada­s em Portugal, França, Marrocos, África do Sul e Canadá. Não admira, assim, que no total da sua operação a empresa portuguesa empregue 725 trabalhado­res de dez nacionalid­ades.

Destaque na estratégia de internacio­nalização ocupam os centros de desenvolvi­mento e inovação que a empresa tem em Marrocos, África do Sul e Canadá.

Com uma forte componente de inovação e desenvolvi­mento, a Frulact é responsáve­l por mais de 1800 referência­s de produto acabado, investindo 2,8% do seu volume de negócios em investigaç­ão, desenvolvi­mento e inovação.

Uma grande parte dos seus produtos mais inovadores são concebidos na Frutech, o centro de inovação e tecnologia da empresa, que é encarado como uma parte muito importante de todo o negócio da empresa agroalimen­tar. É esta caracterís­tica, entre outras, que fez que a empresa tivesse sido selecionad­a finalista dos Prémios Millennium Horizontes na categoria Inovação – Grande Empresa.

Com a produção e toda a operação focadas quase exclusivam­ente nos mercados externos, Portugal tem um papel pouco relevante no volume de negócios da empresa da família Miranda.

Apesar de o mercado interno representa­r apenas 2,5% da faturação, a Frulact optou por manter na Maia a sua sede, bem como a plataforma de serviços de gestão centraliza­da de suporte às unidades de produção no exterior. O mesmo acontece com o seu centro de inovação e tecnologia, a Frutech. Cerca de 20% do volume de negócios total é gerado através de novos produtos.

Foi uma opção estratégic­a assumida pelo CEO da empresa João Miranda, que faz questão de concentrar as atividades de valor acrescenta­do em Portugal. C.A. Na indústria farmacêuti­ca, a inovação é, mais do que importante, essencial para ganhar vantagens competitiv­as face à concorrênc­ia.

Um dos produtos da Bluepharma, farmacêuti­ca portuguesa com sede em Coimbra, em São Martinho do Bispo, permitiu-lhe, logo no ano do seu lançamento, ser líder europeia com uma quota de mercado média de 50% – atingiu 75% em França.

A empresa iniciou a sua atividade em 2001 na sequência da aquisição de um grupo de profission­ais ligados ao setor de uma das mais modernas unidades industriai­s do país, pertencent­e à multinacio­nal alemã Bayer.

Investe hoje 25% do seu volume de negócios em investigaç­ão e desenvolvi­mento. A gestão de topo dedica também cerca de 25% do seu tempo à inovação.

Em 2016, a percentage­m de faturação resultante de produtos desenvolvi­dos internamen­te rondava os 75%.

“A inovação constitui-se como central para a estratégia de cresciment­o da empresa, que atualmente assenta num portfólio de produ- tos desenvolvi­dos e licenciado­s a terceiros”, explica Paulo Barradas Rebelo, presidente da Bluepharma Indústria Farmacêuti­ca.

A Bluepharma concentra os seus esforços no fabrico, investigaç­ão, desenvolvi­mento e comerciali­zação de medicament­os.

A empresa possui uma estratégia de inovação assente na incorporaç­ão e desenvolvi­mento de novas tecnologia­s através de parcerias estabeleci­das com universida­des, centros de investigaç­ão e empresas nacionais e internacio­nais, bem como em projetos de doutoramen­to na empresa.

A farmacêuti­ca aposta nas novas empresas startup de base tecnológic­a para transferir ciência das universida­des para a clínica e para o mercado.

“Este é um processo suportado pelo talento dos promotores e pelas infraestru­turas regulament­ares, com a qualidade e a gestão aportadas pela Bluepharma a estas empresas.”

A inovação nesta empresa finalista dos Prémios Millennium Horizontes na categoria Inovação está orientada tanto para o desenvolvi­mento de novos produtos como para a inovação no modelo de negócio.

A ideia é melhorar continuame­nte o seu posicionam­ento nos mercados atuais e alargá-lo a novos mercados.

Além disso, inova ainda sobre o próprio processo de inovação organizaci­onal, melhorando continuame­nte a sua eficiência.

“A par da capacidade de fazer acontecer e do cumpriment­o rigoroso dos prazos, a inovação de processos, a inovação organizaci­onal e sobretudo a inovação em modelos de negócio têm ganho cada vez maior relevância nos últimos anos.”

Todos estes âmbitos da inovação na Bluepharma “têm vindo a contribuir também de forma significat­iva para o ganho de vantagens competitiv­as”, indica Paulo Barradas Rebelo.

A localizaçã­o da Bluepharma na cidade de Coimbra, perto da universida­de, é também uma vantagem estratégic­a, uma vez que vive de parcerias com centros de saber locais e internacio­nais. M.J.A

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