Diário de Notícias

Vilaverden­se em Alvalade para “continuar a fazer história”

Técnico António Barbosa avisa: “Improvável não é impossível.” Equipa tem melhor ataque dos campeonato­s nacionais

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CARLOS NOGUEIRA O Vilaverden­se vive um momento único no seu historial de quase 65 anos, na maioria passados nos distritais de Braga, exceção feita a 19 presenças nos escalões nacionais. A visita de amanhã a Alvalade, para defrontar o Sporting, é encarada por todos como o culminar de “uma carreira histórica” na Taça de Portugal, atingida à custa da eliminação de Bragança, Esmoriz, Boavista eVizela, merecendo especial destaque o triunfo perante os axadrezado­s, da I Liga, por 1-0.

Apesar do elevado grau de dificuldad­e que encerra uma visita a Alvalade, o treinador António Barbosa é a voz da ambição: “Queremos continuar a fazer história.” “Improvável não é o mesmo que impossível, por isso vamos agarrar-nos ao improvável, pois sentimos que podermos ir mais além”, atirou, quando questionad­o pelo DN sobre as possibilid­ades de o Vilaverden­se afastar os leões da Taça de Portugal.

O técnico garante que sente os seus jogadores “predispost­os para mostrarem porque chegaram a este jogo” em Alvalade. “Não sinto qualquer tipo de nervosismo, pois os meus jogadores têm uma enorme crença individual e coletiva”, explica, deixando desde logo uma garantia: “Este é um jogo peculiar e tenho a certeza de que vamos fazer que as pessoas que assistirão ao jogo gostem da qualidade e da forma como joga o Vilaverden­se.” “Vamos jogar àVilaverde­nse! Ou seja, com a habilidade e o talento que faz de nós o melhor ataque dos escalões nacionais [38 golos], pois chegamos sempre com grande eficácia às zonas de finalizaçã­o”, acrescento­u.

Este é daqueles jogos que todos querem jogar, um desejo que os treinadore­s não podem satisfazer, pois há sempre alguém que fica de fora. No entanto, António Barbosa não vê isso como um problema, pois “é habitual ficarem três ou quatro de fora em cada fim de semana que, sem qualquer dúvida, jogariam em qualquer outra equipa do Campeonato de Portugal”.

O capitão de equipa é Nené, médio de 38 anos que já tem experiênci­a de atuar em grandes palcos, tendo defrontado três vezes o Sporting – duas pelo Sp. Braga e uma pelo Desp. Aves – sempre com o mesmo resultado: derrota por 0-2. António Barbosa assume que se trata de “uma importante ajuda” para os restantes jogadores do plantel, consideran­do-o mesmo “a alma da equipa”. Ao DN, Nené lembra que “ninguém ganha sem jogar”. “O Sporting é, obviamente, favorito, mas num jogo como este, de Taça, tudo pode acontecer”, avisa, admitindo que a sua equipa “terá de trabalhar o dobro”.

De uma coisa Nené tem a certeza: “Não vamos ser o bombo da festa.” Tendo em conta a sua experiênci­a, assume acreditar em tudo “no futebol” e explica porquê: “Os joga- Vilaverden­se treina a pontaria para Alvalade

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