Portugal pode ser líder no digital, tem é de apanhar o comboio
É possível abrir uma empresa na Estónia sem ter de se ir lá. Portugal tem de seguir o exemplo se quer atrair mais investimento
CARLA CASTRO Portugal tem todas as condições para ser líder no digital e devia pôr os olhos no que se passa na Estónia. Ironicamente, há uns anos, os estónios vieram a Portugal aprender sobre governo digital e administração pública digital, tudo o que a Autoridade Tributária portuguesa estava a fazer. E agora passou-nos à frente. Esta foi uma das principais conclusões do debate realizado ontem na TSF sobre “O poder da economia digital”, promovido pela iniciativa Prémios Inovação NOS/DinheiroVivo/TSF.
“Hoje, na Estónia, pode-se pedir cidadania, abrir uma conta bancária, montar uma empresa, criar postos de trabalho, pagar impostos, tudo isso sem ter de lá ir”, afirmou João Vasconcelos, conselheiro sénior da Clearwater International, empresa de consultadoria (corporate finance house) com Miguel Santo Amaro (Uniplaces), Sebastião Lancastre (Easypay) e João Vasconcelos, Clearwater (da esquerda para a direita) sede em Londres, um dos intervenientes do debate. “E a Estónia também pertence à União Europeia, à zona euro, tem a mesma regulação europeia do que nós”, por isso, isso não serve de desculpa, acrescentou Sebastião Lancastre, CEO da Easypay, instituição de pagamentos eletrónicos que reúne diferentes opções de pagamento numa única plataforma.
Esta “é a primeira revolução de todas que podemos acompanhar.