A diplomacia musical de Mário Laginha e Tcheka
Strada é o espetáculo que junta o pianista português ao cantor cabo-verdiano
Laginha e Tcheka tocam na sexta e no sábado no Trindade, em Lisboa
MIGUEL JUDAS com o Mário, porque ele consegue dar outro tipo de dimensão à minha música”.
É esta relação, feita de muitas cum- plicidades e afinidades, tanto musicais como pessoais, que se pretende celebrar neste espetáculo, chamado de Strada. “É também o nome deumtemadoúltimodiscodoTcheka, no qual participei, mas sobretudo é uma referência a este nosso percurso conjunto, que já tem um longo caminho para trás e vai continuar a avançar”, sublinha Laginha. O alinhamento do concerto, que já foi apresentado noutras cidades europeias, é composto por temas de ambos, com novos arranjos, feitos por Mário Laginha. “Íamos experimentando. Ele tocava, eu criava a partir desses trechos e depois ele dava a sua opinião, de uma forma muito oral, sobre o caminho a seguir.” Tcheka sorri, perante as palavras do companheiro, e devolve o elogio: “O conhecimento musical do Mário foi muito importante neste processo. Ele coloca apenas o que é necessário para fazer brilhar cada tema.”
Para quando um disco em conjunto? “Acho que há fortes possibilidades de isso acontecer em breve. Não achas?” Pergunta Mário Laginha a Tcheka, que se limita, mais uma vez, a sorrir. Está tudo dito.