A equipa de Pedro Martins deu boa réplica até aos 65 minutos, mas a força atacante do FC Porto foi mais uma vez decisiva na vitória
O FC Porto passou com facilidade a quinta eliminatória da Taça de Portugal, eliminando o Vitória, neste caso de Guimarães, por 4-0 (depois de ter goleado em Setúbal o outro Vitória no domingo passado). Um resultado que não correspondeu muito ao jogo, porque a equipa de Pedro Martins deu boa réplica até aos 65’, mas a força atacante dos dragões é grande e marcou golos de canto (dois) e de penálti, porque é forte na bola parada. Só havia 16 mil adeptos na bancada, pior assistência da época, mas o jogo foi interessante.
Casillas na baliza, Corona em vez de Brahimi, de resto a mesma equipa que ganhara em Setúbal, enquanto oVitória deixava no banco Raphinha, Heldon e Rafael Martins, pensando em pôr a velocidade em campo quando o FC Porto já estivesse mais desgastado. Mas faltavam Pedro Henrique, Jubal, Celis, Hurtado, todos lesionados, e no início da segunda parte o sonho desfez-se com os dois golos do FC Porto e o 3-0 a 25 minutos do fim. Mesmo assim, a equipa a tentar dar tudo, mas o tudo nesta altura não é muito, como se tem visto. Sobretudo em termos defensivos, sempre a base de qualquer boa equipa. Mesmo assim, Francisco Ramos esteve bem, como Rincón mostrou pormenores, tal como Konan e Hélder Ferreira.
Esta taça tem estado cheia de surpresas, nada está adquirido, mas o FC Porto marcou logo aos 12’, de grande penalidade algo cruel, contestada pelos vitorianos, cometida por Victor Garcia, que deu mão quando tentava dominar a bola com Aboubakar nas costas. O camaronês transformou o castigo máximo. Danilo já tinha atirado uma bola ao poste, de cabeça, num canto, logo aos 3’, voltou a acertar no ferro, desta vez num remate com o pé, aos 25’. Pelo meio, Sturgeon, de cabeça, criou perigo.
O jogo era vivo, nem sempre bem jogado, mas competitivo. O FC Porto tinha o seu 4x4x2 bem definido, com dois extremos desta vez (Ricardo Pereira e Corona), mas claro que o jogo interior é muito
Aboubakar marca há três jogos consecutivos: ontem apontou o primeiro de grande penalidade desenvolvido na equipa de Sérgio Conceição, sempre procurando a linha mais reta para a baliza adversária. Durante os 65 minutos que teve o jogo – o resto já não contou porque estava tudo decidido –, a equipa teve boas jogadas mais do que bons períodos com a bola ou sem ela. Os dragões precisam ainda de mais articulação para que o jogo possa sair mais fluido, mais consequente, mais duradouro. Nem sempre é, porque é muito em acelerações, em compromisso, em defender de imediato quando se perde a bola. Às vezes falta um bocadinho de fantasia. Por isso, talvez, entrou Óliver na parte final, porque é um desses jogadores e é estranho que não esteja nas prioridades do treinador.
O FC Porto decidiu o jogo no início da segunda parte, primeiro num canto em que Danilo, ao primeiro poste, cabeceou bem depois de um canto de Alex Telles. Este golo deixou os vitorianos muito derrotados e logo a seguir foi André André a fazer o primeiro dos seus dois golos – ainda não tinha marcado nesta época e foram dois à sua antiga equipa e nem festejou. Nesse 3-0 foi um passe de Herrera para Aboubakar, Miguel Silva defendeu como pôde e a recarga foi fatal. O 4-0 foi ainda de bola parada – num canto de Alex Telles, Soares deu para o meio e André André depositou na rede. Demasiado fácil, mas o FC Porto é uma equipa de bola parada. Ontem foram mais três, se considerarmos o penálti. da Piedade
Aves Moreirense-Santa Sporting-Vilaverdense Rio Ave-Benfica FC Porto-V.