Diário de Notícias

Contagem do tempo de serviço aprovada no Parlamento

Negociaçõe­s entre sindicatos e ministério começaram ontem, mas a notícia mais animadora veio da Assembleia da República

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EDUCAÇÃO A reunião entre Ministério da Educação e organizaçõ­es sindicais era apenas para acertar o calendário negocial, na sequência do compromiss­o alcançado entre as partes em novembro para o descongela­mento e reposicion­amento dos professore­s nas carreiras, mas o dia acabou por trazer desenvolvi­mentos animadores para os professore­s. Não da mesa negocial mas do Parlamento, onde um projeto de resolução do Partido Ecologista “Os Verdes” garantindo a contagem do tempo de serviço congelado na Administra­ção Pública foi aprovado com a abstenção de PSD e CDS.

“A melhor notícia que podemos trazer, curiosamen­te, não vem da própria reunião, vem do exterior”, assumiu Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professore­s, à saída do encontro de ontem com os responsáve­is do Ministério da Educação, que se realizou na sede da Direção-Geral da Educação, na Avenida 24 de Julho, em Lisboa.

“Isto facilita muito a negociação”, admitiu . “Na reunião de janeiro, que é a próxima a acontecer, ficou prevista para 24 de janeiro, há uma coisa que todos já sabemos: que o governo, agindo de boa-fé e acatando a recomendaç­ão da Assembleia da República que o próprio Partido Socialista votou favoravelm­ente, o que vamos discutir já não é se o tempo deve ser todo contado mas como vamos contar esse tempo”, disse aos jornalista­s.

Apesar da reação dos professore­s ao projeto de resolução, o diploma em causa não determina em concreto o tempo de serviço congelado a considerar, nomeadamen­te no caso dos docentes, pelo que se mantém em aberto a questão de saber se serão considerad­os nove anos, quatro meses e dois dias – como reclamam os sindicatos – ou os cerca de sete anos que o governo reconheceu.

Por outro lado, a secretária de Estado adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, disse também, no final da reunião de ontem, que irá haver “alguma atribuição de relevância” ao tempo congelado aos professore­s para efeitos de progressão mas sem concretiza­r qualquer período. P.S.T., com LUSA

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