Raríssimas. Governo cobre necessidades de tesouraria através da Segurança Social
Equipa técnica do Instituto da Segurança Social está na instituição “para garantir que não falta nada nas respostas sociais”
Paula Brito e Costa demitiu-se nesta semana da presidência da Raríssimas, que fundou em 2002
JOÃO PEDRO HENRIQUES A Segurança Social tem duas equipas presentes na Raríssimas e uma delas está encarregada de resolver todos os problemas que resultem de eventuais bloqueios na tesouraria – bloqueios aliás já denunciados por trabalhadores da instituição.
A equipa pertence ao Instituto da Segurança Social (ISS), foi enviada para a associação na quinta-feira de manhã. Falando ao DN, um assessor do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse que esta equipa está na Raríssimas “para garantir que não falta nada nas respostas sociais” – mesmo que as faltas sejam de tesouraria, para, por exemplo, comprar alimentos ou outros bens que sejam necessários. O que importa, prosseguiu a mesm fonte, é que “o serviço se mantenha com qualidade no acompanhamento aos utentes”.
A outra equipa é da Inspeção-Geral do ministério. Aí a competência é outra: analisar as contas da instituição, procedendo a uma auditoria que o ministroVieira da Silva pediu que seja “rápida”. Estão em causa suspeitas de gestão danosa por Paula Brito e Costa, a mulher que fundou a Raríssimas em 2002 por causa do filho Marco que sofria de uma doença rara e que morreu aos 16 anos. Além do mais, o DIAP de Lisboa estará a investigar o caso.
A lei impede o governo de pura e simplesmente entrar na instituição e assumir poderes de gestão. Quando muito, pode pedir intervenção judicial para destituir os órgãos de direção, cabendo à Justiça indicar uma comissão de gestão ou um administrador judicial. O relatório da auditoria que o ministro Vieira da Silva pediu à Inspeção-Geral do ministério será decisivo para o governo se encaminhar, ou não, para esse procedimento.