Imaginar o futuro, um ciclo de conversas com cientistas
2084 – Imagine é o nome da série imaginada pela documentarista Graça Castanheira. Arranca na segunda-feira, no CCB
TECNOLOGIA Como será o mundo em 2084? As promessas – e as incógnitas – de tecnologias como a robótica, a inteligência artificial e mais tudo o que está para vir oscilam entre cenários de admirável mundo novo e de um futuro sombrio, dominado por temíveis máquinas totalitárias. Como sabê-lo? Lançar luz sobre as respostas que hoje já são possíveis é o objetivo do ciclo de conversas com cientistas 2084 – Imagine, idealizado pela documentarista Graça Castanheira, que arranca na próxima segunda-feira no CCB.
“A ideia é lançar o debate a partir dos conceitos básicos e contribuir para a literacia nesta área, de forma que as pessoas possam ter uma visão informada sobre as novas tecnologias que farão parte do nosso futuro e participar nas escolhas éticas que vai ser necessário fazer”, afirma ao DN Graça Castanheira. “Penso que não devemos queixar-nos em abstracto, e imaginar futuros sombrios sem conhecimento de causa”, sublinha. E explica: “Com esta série quero contribuir para aumentar o conhecimento das pessoas sobre estas questões, para que esse futuro possa ser pensado por todos.”
Em colaboração com o CCB, a documentarista fará ao longo dos próximos meses a série de 12 conversas com outros tantos cientistas – “seis portugueses e seis estrangeiros”, esclarece –, pelas quais passarão os conceitos básicos e o devir de questões como a programação ou o funcionamento dos algoritmos, a inteligência artificial e a robótica, as neurociências e a forma como devemos relacionar-nos com todos esses conhecimentos.
“As conversas serão gravadas em vídeo, sempre às segundas-feiras, às 21.00, na sala de ensaios do CCB, e terão uma duração entre 45 minutos e hora e meia, na presença de público”, afirma Graça Castanheira. As entrevistas serão depois transformadas em episódios de 30 minutos e o conjunto poderá eventualmente ficar acessível num site próprio. O primeiro entrevistado, na segunda-feira, é o cientista Gonçalo Lopes, da Fundação Champalimaud, e o tema é o da relação entre o sistema nervoso humano e os sistemas computacionais.