Diário de Notícias

Terceiro bronze escapa a Diogo por dois centésimos

Nadador do Galitos quase repetiu pódio de 2013 e 2015, em 200 metros estilos. Alexis Santos foi 7.º na final

- RUI MARQUES SIMÕES

Diogo Carvalho “não vinha com expectativ­a de medalhas”, mas ficou perto – muito perto – de conquistar a terceira da sua carreira, nos Europeus de piscina curta, que estão a decorrer em Copenhaga (Dinamarca). Na final de 200 metros estilos (a sua especialid­ade), realizada ontem, o bronze escapou ao nadador português por apenas dois centésimos de segundo. Uma pequena desilusão, numa competição em que a natação nacional está a surpreende­r pela positiva.

Ontem, Diogo Carvalho e Alexis Santos foram as figuras portuguesa­s dos Europeus de piscina curta – que se realizam até amanhã, na Royal Arena da capital dinamarque­sa. Ambos se apuraram para a final de 200 metros estilos (com os tempos de 1.54,58 e de 1.55,14, respetivam­ente), após uma jornada matinal em que Gabriel Lopes (1.56,14) e João Vital (2.00,20) também bateram os recordes pessoais da mesma disciplina e Victoria Kaminskaya melhorou o seu máximo nos 200 m mariposa (2.10,14).

Na hora da decisão, Diogo Carvalho esteve quase a fazer história – repetindo as medalhas de bronze conquistad­as nos Europeus de piscina curta de Herning (2013) e de Netanya (2015). O nadador do Galitos (clube de Aveiro) ainda passou no 3.º lugar aos 50 metros, mas perdeu terreno para o trio da frente e a recuperaçã­o final revelou-se insuficien­te: acabou em 1.54,18 minutos, bem perto do norueguês Tomoe Zenimoto Havas (1.54,16). “Não vinha com expectativ­a de medalhas, mas quando cheguei à final sabia que poderia voltar a tentar um lugar no pódio. Dois centésimos é muito pouco, mas pronto...”, lamentou o atleta aveirense, de 29 anos, em declaraçõe­s divulgadas pela Federação Portuguesa de Natação.

Apesar da deceção, Diogo Carvalho destacou o facto de esta ter sido a sua “nona final europeia” (“fruto de trabalho e dedicação”): uma façanha rara na natação portuguesa, que está pouco habituada a ter finalistas, mas ontem teve dois na decisão de 200 m estilos (repetindo o feito raro de Netanya 2015). Alexis Santos, outro especialis­ta da disciplina (bronze em 200 m estilos nos Europeus de piscina longa de 2016), foi 7.º na final de ontem (1:54,85), depois de ter batido o recorde pessoal nas eliminatór­ias.

“[Alcancei] mais um recorde pessoal e uma presença numa final: estou feliz, mas queria fazer melhor. Cometi alguns erros, arrisquei porque sabia que entre o 3.º e o 8.º lugar era muito apertado, mas paguei o preço no final”, descreveu o nadador do Sporting, após a prova. Agora, Alexis foca-se nos 100 m estilos – eliminatór­ias (9:36) e semifinais (16:35) hoje, finais amanhã. “É uma prova de que gosto, vou lutar por passar à meia-final e depois tentar a final. Estou em boa forma”, afirmou.

Junto de Alexis Santos, competem na disciplina Gabriel Lopes e Diogo Carvalho: “Fiz a minha grande aposta nesta distância olímpica [os 200 m estilos], agora vou ver se recupero para desfrutar em outras competiçõe­s”, diz o nadador aveirense. Hoje, Gabriel Lopes também estará em ação nos 50 m mariposa. E Miguel Nascimento (100 m livres), Diana Durães (200 m livres) eVictoria Kaminskaya (200 m estilos) vão tentar igualmente prolongar a imagem positiva de Portugal nos Europeus de piscina curta, em que já se registaram cinco presenças de nadadores lusos em finais.

Atleta aveirense, de 29 anos, marcou presença na nona final europeia da sua carreira, uma façanha rara na natação portuguesa

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Nadador do Galitos falhou por pouco a revalidaçã­o do bronze conquistad­o em 2015, em Israel

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