Num ano de ganhos na bolsa, os principais destaques foram a Mota-Engil, o BCP e as empresas do setor da pasta de papel
nota continuar abaixo de grau de investimento.
Além da Mota-Engil e do BCP, houve outras ações em destaque, principalmente as do setor do papel. A fechar o top 5 dos títulos que mais ganham em 2017 estão a Altri e a Navigator, que sobem 36%, e a Semapa, que valoriza 33,51%. A beneficiar o setor esteve a evolução positiva de preços da pasta de papel e a maior procura pela matéria-prima em países como a China.
Ainda entre as maiores subidas e a beneficiar da recuperação da economia e do consumo interno está a Sonae: a dona do Continente valoriza 30,21% neste ano. O volume de negócios subiu e a empresa também aproveitou as boas condições de financiamento para “reforçar a estrutura de capitais baixando dívida, aumentando a sua maturidade”, disse o co-CEO, Ângelo Paupério, no relatório sobre os resultados do terceiro trimestre.
Mas nem todas as empresas aproveitaram a conjuntura positiva para valorizar. Exemplo disso são os CTT: as ações perdem 45% desde o início do ano. As receitas têm caído devido à menor atividade no correio tradicional e os custos têm subido fruto da aposta no banco. Os CTT tiveram mesmo de cortar o dividendo que irão pagar aos acionistas e delinear um plano de reestruturação, apresentado na semana passada, para recuperar a confiança do mercado. Além dos CTT, apenas mais três cotadas têm um ano negativo. A REN perde 3,73%, a NOS cede 3% e a EDP tem uma queda ligeira de 0,86%.