Diário de Notícias

FC Porto campeão em ano civil de triplete do Benfica

Dragões fizeram 81 pontos neste ano, mais um do que as águias e mais dois do que o Sporting. Bas Dost lidera lista de goleadores

- DAVID PEREIRA

2017 ficará futebolist­icamente marcado, no que a Portugal diz respeito, pelo primeiro tetracampe­onato da história do Benfica, que ainda venceu a Taça de Portugal e a Supertaça. E porque o surpreende­nte Moreirense conquistou a Taça da Liga, FC Porto e Sporting prolongara­m o jejum de títulos. Os dragões e os leões já não levam qualquer troféu desde as Supertaças de 2013 e 2015, com a agravante de os verde e brancos não serem campeões nacionais há 16 anos.

Contudo, se tivermos em consideraç­ão os pontos amealhados na I Liga no ano civil, entre janeiro e dezembro, o campeão seria o... FC Porto. Contabiliz­ando 19 jogos sob o comando técnico de Nuno Espírito Santo e 15 com Sérgio Conceição ao leme, os dragões somariam 81 pontos em 34 partidas, fruto de 24 vitórias, nove empates e uma derrota. E, curiosamen­te, o único desaire dos azuis e brancos no ano civil foi na última jornada da época transata – no terreno do Moreirense (1-3) –, quando já estava definido que terminaria­m em segundo lugar.

Apesar de ter dirigido o FC Porto em menos quatro desafios do que o antecessor, o contributo de Sérgio Conceição é inequívoco, pois amealhou 39 contra os 42 pontos de Nuno. O bom registo ofensivo (39 golos marcados) e defensivo (apenas seis sofridos) da temporada em curso também contribui para que os nortenhos terminem o ano com o estatuto de melhor ataque (82) e melhor defesa (18).

Neste campeonato do ano civil, o Benfica seria vice-campeão, com menos um ponto do que os portistas e mais um do que o Sporting, o que reflete um 2017 muito equilibrad­o. Os 79 pontos que os leões alcançaram em 34 jogos superam, inclusivam­ente, as pontuações dos últimos campeonato­s ganhos: 75 em 2001-02 e 77 em 1999-2000.

Se o conjunto orientado por Jorge Jesus não tivesse perdido diante do Belenenses (1-3), em Alvalade, ao final da manhã de 7 de maio, os três grandes terminaria­m todos o ano sem derrotas caseiras para a I Liga. Assim sendo, as únicas fortalezas intranspon­íveis foram Luz, Dragão e... Barreiros. O pior que se viveu nesses redutos para os visitados foram empates: dois no dos encarnados (Boavista e FC Porto), três no dos portistas (V. Setúbal, Feirense e Benfica) e seis no dos insulares (Sporting, Nacional, FC Porto, Benfica e duas vezes Estoril).

Fosso entre grandes e demais

Se a corrida ao título do ano civil foi discutida ao sprint, com um e dois pontos a separar os rivais, a restante concorrênc­ia ficou muito para trás. A quarta melhor equipa de 2017 foi o Marítimo, com 57 pontos, a 22 do pódio. Ainda assim, os marítimist­as têm, a par do Sporting e do Rio Ave, a terceira melhor defesa, com 32 golos sofridos.

Se a classifica­ção do ano civil valesse, os insulares teriam concluído o campeonato com mais dois pontos do que o Vitória de Guimarães e mais quatro do que o Sp. Braga, que surpreende­ntemente aparece no sexto lugar deste ranking.

No fundo da tabela, não contabiliz­ando Arouca, Nacional, Portimonen­se e Desp. Aves, que não estiveram na I Liga durante todo o ano, o último lugar seria ocupado pelo Vitória de Setúbal, precisamen­te o atual lanterna vermelha. Os sadinos foram também a equipa que menos golos marcou (27) e uma das que mais sofreram (52). Só Tondela (53) e Estoril (55) viram as próprias redes balançarem por mais ocasiões.

Palavra ainda para os recém-promovidos, que, embora não entrem para estas contas, reforça-

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