Diário de Notícias

Vieira da Silva apoiado por instituiçõ­es de solidaried­ade

Carta para ministro foi dada a conhecer ao Presidente e ao primeiro-ministro. Instituiçõ­es e misericórd­ias prometem intervençã­o

- MIGUEL MARUJO

geral, anterior à sua ida para o governo, e por alegados apoios e “aparentes privilégio­s” (para usar uma expressão crítica do CDS) dados à associação já como governante. A ex-presidente da Raríssimas, Paula Brito Costa, é acusada de uso indevido de dinheiros.

Criticando a “ofensiva” dirigida contra o ministro, Lino Maia e Manuel de Lemos preferem sublinhar o facto de Vieira da Silva ser “um exímio intérprete daquilo que devem ser tanto as funções de um Estado que se pretende social como do que devem ser as responsabi­lidades das organizaçõ­es chamadas a ser parceiras na construção de um devir melhor para todo”.

O presidente da CNIS apontou ao DN, “a título pessoal”, que, “consciente ou inconscien­temente, quis-se macular um homem que está acima de qualquer suspeita”.

Estas instituiçõ­es prometem continuar a intervir para que o caso da Raríssimas não deixe mácula no chamado terceiro setor da economia social. Depois de uma reunião com o Presidente da República, no Porto, a 15 de dezembro, o padre Lino Maia afirmou: “Não vamos parar por aí a nossa intervençã­o.” E justificou com a necessidad­e de distinguir o trigo do joio. “Há cerca de cinco mil instituiçõ­es, que já são extremamen­te fiscalizad­as”, apontou, e o caso da Raríssimas “não pode ser motivo para dizer que tudo está mal”.

Quando da reunião de 15 de dezembro, foi publicada uma nota informativ­a no site da Presidênci­a da República em que se diz que Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou “a ideia de não poder ser feita uma generaliza­ção destes casos, pois está convicto de que a grande maioria” das instituiçõ­es de solidaried­ade “trabalha de forma séria e dedicada, merecendo a confiança dos portuguese­s no voluntaria­do e no trabalho dessas instituiçõ­es sociais”.

Na ocasião, segundo a nota, “o chefe do Estado destacou a necessidad­e de complement­aridade entre o Estado e o setor social e solidário”, cabendo ao primeiro “assegurar um acompanham­ento rigoroso e próximo do funcioname­nto” do segundo, “na qualidade dos serviços prestados” e “no bom e rigoroso uso dos fundos públicos”.

Presidente recebeu as entidades e sublinhou “a ideia de não poder ser feita uma generaliza­ção” de casos de desvio de fundos

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Vieira da Silva, no Parlamento, a explicar-se sobre a Raríssimas e “aparentes privilégio­s” dados

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