Nesta data, o pessimismo, com fundamento, parece presidir a uma guerra surda, que ameaça justificar a mudança semântica que se verificou quando se passou a servir por números, e não por nomes, as duas guerras mundiais do século passado
ameaçam ser irreparáveis. Perante estes riscos, não pode, qualquer que seja a orientação do governo, haver governo atento e responsável ao qual passe despercebido que as palavras, mesmo cuidadas, são alternadamente perigosas ou animadoras de esperança. A primeira via é a que aparece mais evidente neste diálogo de irreconciliáveis, situação de incidentes crescentes, com uma passividade excessivamente abrangente de vozes que deviam ser ouvidas, tendo por exemplo a autenticidade e clareza da intervenção de Spaak, no plenário da ONU, quando o ambiente já exigia o que depois, com limitação da liberdade da organização, teria o nome de guerra fria durante meio século. Nesta data, o pessimismo, com fundamento, parece presidir a uma guerra surda, que ameaça justificar a mudança semântica que se verificou quando se passou a servir por números, e não por nomes, as duas guerras mundiais do século passado, como se estivesse anunciada uma série a definir-se com improbabilidade de precisão. Porque as palavras também podem ser poderosas no sentido de servir os valores do humanismo, que inspirou os princípios das Declarações de Direitos, seria tempo de finalmente pôr em vigor a Declaração Universal de Deveres Humanos, proposta do Inter-Action Council, em 1 de setembro de 1997, e que continua por aprovar, animando o Conselho de Segurança a intervir com solidariedade geral, porque é o futuro de todos que está ameaçado, não são os interesses de poderes isolados no entendimento do que é a essência do poder de governar em globalismo.