Diário de Notícias

BANDAS-TRIBUTO

Bandas tributo. Podem não ser iguais aos ídolos que os inspiram, mas esforçam-se para o conseguir. Um bigodinho à Freddie Mercury ou um corte de cabelo à tigela como John Lennon

- JOÃO CÉU E SILVA

BEATLES, QUEEN, PINK FLOYD E DIRE STRAITS PARA OUVIR ATÉ MARÇO NO COLISEU

Quem não viu os quatro de Liverpool nos anos 1960 pode realizar o sonho em fevereiro. Seguem-se outras bandas tributo em Lisboa

Hoje à noite sobe ao palco do Coliseu de Lisboa a banda inglesa Queen... Não será bem assim, mas anda por perto, pois trata-se de uma das bandas tributo que melhor reproduzem a que ficou conhecida por integrar Mercury, Brian May, John Deacon e Roger Taylor e até hoje não esquecida – exemplo: We Are the Champions.

Os Quennie não são ingleses, vêm da República Checa, onde se formaram há dez anos. Dois deles até se parecem com os originais May e Mercury, sendo que o vocalista Michael Kluch fez questão de afirmar em recente entrevista que não estão a brincar aos Queen: “Os nossos instrument­os são reais, tocamos as canções como foram executadas no original, vestimos as roupas utilizadas nas suas atuações e quando estamos no palco obedecemos à cenografia deles. Não é uma imitação, apenas tocaJohn mos Queen.” Aliás, foram ao ponto de convidar a soprano Petra Alvarez para reinterpre­tar no palco o dueto entre Montserrat Caballe e Freddie Mercury no tema Barcelona e em junho passado atuaram na cerimónia oficial que comemorava o aniversári­o da rainha Isabel II.

O tributo aos Queen, sob o título Show Must Go On!, não aparece isolado em Lisboa, faz parte de um conjunto de bandas do género gerenciada­s por uma promotora com sede em Genebra, a Euroconcer­t Suisse SARL – com quem não se consegue comunicar –, e que tem no currículo vários grupos semelhante­s. É o caso das bandas tributo que tocam como os Beatles e os Supertramp, de duas que imitam os Dire Straits, e outra que homenageia Pink Floyd. Todas irão passar pelo Coliseu até dia 4 de abril.

Não se ficam pela música pop estes revivalism­os, pois os apreciador­es dos antigos Três Tenores têm os 3 Tenores – Valeriy Georgiev, Mihail Mihaylov e Boris Taskov –, que vêm com orquestra sinfónica recriar o Concerto de Roma. Os Beatles em Lisboa? Dentro de um mês será vez de se apresentar­em em Lisboa os membros da banda tributo aos The Beatles. Claro que não serão os originais Paul, John, George e Ringo, que nunca atuaram em Portugal enquanto banda, mas os que os replicam. Segundo o testemunho divulgado pela banda, quem os aprecia muito é Julia Baird, a irmã de Lennon, que já disse: “Existem muitas bandas de tributo aos Beatles em todo o mundo, mas os Mersey Beatles são das melhores que escutei.” A particular­idade desta banda sucedâneo é terem nascido na Liverpool dos outros, onde se reuniram em 1999 e três anos depois começaram a atuar no The Cavern Club. Os Mersey são compostos por Steven Howard, David Howard, Mark Bloor e Brian Ambrose e têm corrido o mundo. Supertramp de volta Em março é a vez da Logicaltra­mp, a banda que recria os Supertramp originais, os que estiveram em Portugal pela primeira vez em 1979. Quem os viu dessa vez, ou na de 1997, poderá fazer uma ideia do que era a sonoridade de uma banda a quem ninguém auguraria grande futuro aos vocalistas e só acharia o saxofonist­a bom. Bastou o álbum Crime of the Century para os lançar e o Breakfast in America para solidifica­r um sucesso de mi- lhões de discos vendidos. Os Logicaltra­mp ficam em palco duas horas e no alinhament­o cabe tudo o que Rick Davies e Roger Hodgson populariza­ram e que a banda tributo executar desde 2004, com o apoio declarados dos Supertramp.

Dire Straits em dose dupla A banda de Mark Knopfler desaparece­u em surdina em 1995 mas duas bandas tributo passam por Lisboa para divulgar o que David Knopfler, John Illsley e Pick Withers ajudaram a interpreta­r em vários álbuns. Canções como Sultans of Swing, Romeo and Juliet, So Far Away, Money for Nothing, Tunnel of

Love ou Brothers in Arms, entre outras. Em março serão os Money for Nothing Band, que alguns apelidam de “novos sultões do swing” pelo modo como reproduzem o som da banda original. Em abril, é a vez dos nove membros dos Brothers in Band no Coliseu e os fãs podem assistir ao que dizem ser “o melhor espetáculo internacio­nal de homenagem à banda” em duas horas e meia que faz parte da digressão que passa por Espanha, França, Alemanha e Luxemburgo. Um tributo aos Pink Floyd Os Think Floud são considerad­os uma boa reprodução da banda original. Coisa que não deve ser fácil, por isso fazem-se acompanhar de uma parafernál­ia de equipament­o que consiga gerar uma emoção futurista aproximada do que ficou registado nos discos da banda de Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason, Richard Wright e Syd Barrett.

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Após Lisboa, a banda Queenie segue para Espanha e Suécia

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