CTT fecham lojas até março e ministro vai ao Parlamento
REESTRUTURAÇÃO Pedido do PCP para ouvir Pedro Marques sobre fecho das duas dezenas de lojas dos Correios foi ontem aprovado
Os CTT já têm uma data-limite para o encerramento das lojas no âmbito do plano de reorganização: as 22 lojas vão encerrar até final de março. E, apesar da contestação que a escolha dos espaços está a gerar, a empresa não pensa voltar atrás, nem fecha a porta a novos encerramentos. Redefinição da rede postal é “algo que fazemos com frequência”, diz António Pedro Silva, administrador executivo dos CTT, ao DN/DinheiroVivo.“Estamos com a intenção de que o encerramento seja feito até março. No primeiro trimestre.”
Proximidade com outras lojas ou pontos de acesso CTT, redução de procura e a capacidade de reforçar com os recursos humanos destas lojas outras com mais procura (os 53 quadros afetos as estas lojas serão transferidos) foram os três critérios que levaram à escolha das 22 lojas, explica o responsável, numa rede que, no final de junho do ano passado, tinha 4377 pontos de contacto, dos quais 613 lojas próprias, 1744 em parceria (postos de correio) e 2020 postos de venda de selos. “Não excluímos poder encontrar soluções que visam [dar às populações] maior proximidade do que o que temos”, diz. “Estamos numa fase de explicação do modelo às entidades locais”, refere. Mas desta fase não deverá resultar um recuo no que toca às lojas escolhidas para fechar. “São as 22 lojas fruto do exame. Não deverá haver alteração dessa perceção”, afirma.
Quantos a possíveis novos encerramentos? “Processo de redefinição do footprint é algo que fazemos com frequência”, diz . “Este foi o que resultou da conjugação destes critérios”, refere.
A reestruturação dos CTT surge num momento em que a empresa está sob pressão em relação ao cumprimento do serviço universal postal. “Os CTT disponibilizam-se para participar no grupo de trabalho”, lembra. “Estamos a colaborar na definição dos passos futuros.” O encerramento das lojas levou o PCP a chamar o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, ao Parlamento. O requerimento foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas. ANA MARCELA