Duelos de palavras entre treinadores que marcaram o futebol nacional
O navegador português Filipe Palmeiro foi um dos primeiros a socorrer o piloto espanhol da Mini, vencedor do Dakar (2004 e 2014). Carlos Sousa e Villas-Boas mantiveram o ritmo
Nani Roma sofreu um aparatoso acidente a menos de um quilómetro da meta, na terceira etapa, e foi forçado a abandonar o Dakar 2018. Faltavam apenas 500 metros para atingir a meta quando o Mini do piloto espanhol capotou a alta velocidade numa zona de dunas.
Um dos primeiros a socorrer o espanhol foi o português Filipe Palmeiro, navegador do chileno Boris Garafulic (X-Raid Team), na categoria 4x4, que aparece na imagem publicada pelo Dakar que ontem correu mundo (ver foto em cima).
Roma, vencedor do Dakar 2004 (motos) e 2014( carros) sofreu um traumatismo craniano e cervical, acabando por ser evacuado para o aeroporto de Ica e, a partir daí, transferido para o hospital de Lima (Peru).
Segundo as informações da organização, Nani Roma acabou a etapa com 26 minutos de atraso (a imprensa que acompanha o Dakar diz que foi o copiloto Alex Haro, que não sofreu ferimentos, a pilotar o Mini até à meta). No entanto, apesar de figurar nas classificações, fonte da Mini confirmou à agência EFE que o Dakar chegou ao fim para Nani Roma. A Mini perde assim a sua principal referência na luta pela mítica prova de todo o terreno, com a Toyota e a Peugeot.
Este foi o segundo acidente grave do Dakar 2018, depois do sofrido pelo motard português Joaquim Rodrigues. O piloto da Hero MotoSports foi forçado a abandonar logo na primeira etapa depois de sofrer um violento acidente que o atirou para o hospital.
Peterhansel subiu à liderança
Mais feliz foi Nasser Al-Attiyah. O piloto qatari da Toyota venceu a terceira etapa do Dakar, que uniu Pisco a San Juan. Ao quinto waypoint já tinha 2m30s de avanço para Stéphane Peterhansel (Peugeot), o novo líder da geral, acabando por vencer a etapa.
O francês terminou em segundo lugar e ganhou 3m11s de avanço para Cyril Despres (Peugeot), o segundo da geral, à frente de Nasser Al-Attiyah (Toyota). Já Sébastien Loeb (Peugeot) perdeu tempo e terminou em quinto lugar, depois de Carlos Sainz (Peugeot), ocupando agora o quarto lugar da geral.
Quanto aos portugueses, Carlos Sousa (Renault Duster) terminou o dia em 22.º. “Ainda não foi desta que conseguimos realizar uma etapa limpa. Perdemos cerca de 20 minutos em dois atascanços e, em ambos os casos, como soluções de recurso”, apontou Carlos Sousa, que é agora 25.º da geral, a 2.51.30 horas do líder francês.
Já André Villas-Boas (Toyota) manteve o ritmo habitual e terminou em 43.º, subindo a 41.º da geral, a mais de seis horas do líder Peterhansel.
Sunderland lidera nas motos
O campeão Sam Sunderland parece estar decido a repetir o triunfo de 2017. Ontem, o piloto britânico da KTM impôs-se na etapa maratona de 296 km entre Pisco e San Juan. Sunderland chegou com três minutos e três segundos de vantagem sobre o rival mais próximo, Kevin Benavides (Honda). Price foi terceiro e Quintanilla quarto.
Sunderland lidera a geral a 4m38s de Benavides (Honda), com Price, Brabec e Quintanilla a completarem o top 5 da geral.
A principal esperança da Honda, Barreda, vencedor da segunda etapa do Dakar 2018, caiu quase 28 minutos após um erro de navegação. “É verdade que estamos no início do Dakar, mas este é um daqueles erros muito grandes que deveria tentar evitar. A verdade é que abrir a pista e andar sozinho durante todo o dia sempre faz que se corram riscos. O Dakar é assim”, desabafou o piloto espanhol.
Também Xavier de Soultrait, da Yamaha, andou perdido e perdeu 13 minutos, deixando o top 5 da geral com três pilotos KTM.