Pence inicia visita ao Médio Oriente na próxima semana
Viagem estava marcada para dezembro, mas foi adiada depois de Trump ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel
O vice-presidente norte-americano, Mike Pence, vai visitar o Egito, a Jordânia e Israel entre os próximos dias 19 e 23, anunciou ontem a Casa Branca. A deslocação esteve prevista para dezembro, mas foi adiada depois de o presidente Donald Trump ter anunciado que reconhecia Jerusalém como capital de Israel, provocando críticas da comunidade internacional e tensão no Médio Oriente.
Segundo Alyssa Farah, porta-voz de Pence, o vice-presidente norte-americano viaja para o Médio Oriente a pedido de Trump para “reafirmar o nosso compromisso de trabalhar com os aliados dos Estados Unidos na região para derrotar o radicalismo que ameaça as gerações futuras”.
Farah disse ainda que Pence “espera encontrar-se com os líderes do Egito, Jordânia e Israel para discutir modos de trabalharem juntos para combater o terrorismo e melhorar a nossa segurança nacional”.
O vice-presidente dos Estados Unidos tem previsto um encontro com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, no dia 20, bem como com o rei jordano Abdullah II, no dia seguinte, e com o presidente Reuven Rivlin e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel, onde estará nos dias 22 e 23.
O programa de Pence em Israel inclui ainda um discurso no Knesset (Parlamento) e visitas ao Muro das Lamentações e ao museu do Holocausto Yad Vashem.
Antes do anúncio de Trump, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, tinha previsto um encontro com Pence em Belém durante a sua visita à região, mas anulou-o em protesto. A decisão da Casa Branca sobre Jerusalém também levou os principais religiosos muçulmanos e cristãos no Egito a recusarem encontrar-se com Pence no Cairo.
O estatuto de Jerusalém é uma das principais questões do conflito israelo-palestiniano. Israel ocupou Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou a cidade em 1980, contra a posição da comunidade internacional, que defende que o estatuto da cidade deve ser decidido em negociações entre as duas partes. Lusa