Diário de Notícias

Sindicatos não veem motivo para atrasos

Ana Avoila diz que há trabalhado­res cujo contrato chegou ao fim e que estão a ser enviados para casa “deixando de receber salário”

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Os sindicatos da administra­ção pública consideram não haver motivo para o atraso que se está a verificar na abertura dos concursos para a integração dos trabalhado­res da administra­ção pública com vínculo precário. E este foi um dos temas que levaram ontem para o primeiro encontro deste ano com a secretária de Estado da Administra­ção Pública, Fátima Fonseca. Até ao final desta semana irá ainda ser formado um acordo com a calendariz­ação dos temas a negociar ao longo deste ano, ao qual a Frente Comum não deverá vincular-se.

“Não há motivos para tanto atraso”, precisou o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administra­ção Pública (Fesap) no final da reunião com Fátima Fonseca, assinaland­o que há Comissões de Avaliação Bipartidas (CAB) onde os trabalhos estão mais atrasados, o que leva José Abraão a recear que os concursos não tenham condições para abrir antes de junho. A coordenado­ra da Frente Comum, Ana Avoila, diz que foi transmitid­o aos sindicatos que oito das 16 CAB estarão em condições de dar este seu trabalho de análise por concluído no final de fevereiro. Ana Avoila adiantou que há trabalhado­res cujo contrato a termo chegou ao fim que estão a ser enviados para casa – “deixando de receber salário” – porque o seu requerimen­to não foi ainda analisado.

Relativame­nte ao descongela­mento e ao facto de ser já assumido que alguns trabalhado­res não vão receber o acréscimo remunerató­rio já neste mês, Helena Rodrigues, do SQTE, afirmou que, mesmo com retroativo­s, sendo “a remuneraçã­o do trabalho que está em causa, receber em janeiro, fevereiro ou março ou depois não é igual. Os serviços têm de desenvolve­r todos os mecanismos e de rapidament­e darem cumpriment­o ao que está na lei”. L.T.

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