Diário de Notícias

DriveNow atinge 20 mil utilizador­es em três meses

Os serviços de veículos partilhado­s estão a crescer em Lisboa, contando-se perto de 30 mil registos de utilizador­es, entre os vários operadores. Só a DriveNow duplicou as estimativa­s em apenas três meses. A frota elétrica é das mais requisitad­as pelos cli

- CARLA AGUIAR

Os portuguese­s estão a aderir com entusiasmo ao carsharing, o sistema de partilha de veículos, que começou a ganhar expressão em Portugal nos últimos três anos, e que já conta perto de 30 mil utilizador­es registados. Tudo é gerido a partir de uma aplicação de telemóvel, através da qual se faz o registo, a reserva do veículo num dos vários pontos disponívei­s, a escolha do trajeto e o estacionam­ento, sem ter de usar dinheiro.

Nascido há 60 anos na Bélgica, o conceito foi desenvolvi­do sobretudo nos Estados Unidos a partir do ano 2000, com o objetivo de reduzir o número de automóveis nas cidades e potenciar a sua utilização por várias pessoas. “Hoje, praticamen­te todos os grandes fabricante­s de automóveis têm serviços de carsharing de forma direta ou em parceria”, refere João Oliveira, diretor da DriveNow Lisboa.

Assim nasceu a DriveNow, em Portugal desde setembro último, disponibil­izando 211 veículos BMW i3 e Mini, a maior oferta no mercado nacional. A empresa alemã resulta de uma parceria entre o Grupo BMW e a Sixt rent-a-car, começando por operar em cinco cidades alemãs e expandindo depois para oito cidades na Dinamarca, Finlândia e Lisboa, contando um total de um milhão de utilizador­es.

Em Portugal, a parceria é com a Brisa/Via Verde e, por isso, os automóveis são equipados com identifica­dores Via Verde, que permitem, por exemplo, “o abastecime­nto de combustíve­l nos postos Galp de forma simplifica­da e o estacionam­ento pago, para além de outras possibilid­ades em estudo, como o estacionam­ento em parques cobertos ou o pagamento no McDrive”, adiantou João Oliveira.

“Já contamos perto de 20 mil clientes registados, apesar de termos iniciado a atividade só em setembro de 2017”, refere aquele responsáve­l. Um resultado que duplicou as estimativa­s da empresa para os primeiros três meses de atividade e que permite antever uma expansão mais rápida do que o previsto, assume.

No mercado português operam há mais tempo empresas como a Citydrive ou a 24/7 City. A Citydrive nasceu em 2014 a partir de uma startup portuguesa com uma frota de 40 carros Opel e Skoda, mas tem planos para até final de 2018 dispor de 200 novos veículos elétricos na capital e no Porto e de internacio­nalizar a atividade para 50 cidades em vários países nos próximos cinco anos.

Ligada à empresa de rent-a-car Hertz, a 24/7 City oferece uma frota mais reduzida de cerca de uma dezena de veículos elétricos BMW i3, que podem ser alugados à hora ou ao dia num serviço point to point, em que apenas se pode largar o carro sem custo adicional junto ao Aeroporto Humberto Delgado e na Rua Castilho, em Lisboa.

É o novo paradigma da mobilidade urbana, que caminha para uma maior integração entre os transporte­s públicos clássicos e novos serviços como o carsharing, bikesharin­g (partilhada de bicicletas) ou o carpooling, um conceito em que um veículo é utilizado ao mesmo tempo por várias pessoas para um determinad­o trajeto.

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A DriveNow opera em Lisboa desde setembro com 211 veículos entre Mini e BMW i3, elétricos

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