A 16 de setembro, a banda irlandesa atua na Altice Arena. Na sexta visita a Portugal, é o seu cartão-de-visita
Songs of Experience
Depois da digressão dos 30 anos do álbum The Joshua Tree, durante 2017, é tempo para os portugueses ouvirem (por fim!) os U2 com a sua digressão Experience+Innocence, depois da reação um pouco mais do que morna a Songs of Experience,o álbum que dividiu a crítica especializada. Será a 16 de setembro, em Lisboa, na Altice Arena (com bilhetes à venda a 26 deste mês).
Há uma verdade incontornável: um concerto dos U2 não deixa ninguém indiferente. Sejam fãs indefetíveis que ouvem sempre a sua música como uma liturgia que se renova nos detalhes ou se transmuta em grandes passos (e assim se podem resumir os quase 40 anos do percurso da banda); ou sejam aqueles que descreem da salvação da humanidade pela música destes quatro rapazes irlandeses, desde The Joshua Tree (1987) ou, pelo menos, desde o díptico berlinense de Achtung Baby/Zooropa (1991/1993).
Um qualquer concerto dos U2 faz de um imenso estádio uma sala de estar, as colunas no máximo, um grande grupo de amigos à volta de hinos mais ou menos reconhecíveis e que têm marcado gerações.
Esta digressão que trará os irlandeses a Lisboa já andou pela América e pela Europa, numa primeira versão depois da publicação de Songs of Innocence (2014). A Innocence+Experience Tour de então demonstrou o experimentalismo visual que a banda sempre ousa nas suas digressões com um palco único e inovador em 360º.
A digressão de 2015 acabou por ficar marcada pelos atentados em Paris, na noite de 13 de novembro desse ano, que atingiram também a mítica sala parisiense Bataclan, onde atuavam os Eagles of Death Metal. Os U2 subiam ao palco na noite seguinte e o concerto foi adiado, para uma nova data que contou com os Eagles of Death Metal e Patti Smith, em palco, a celebrar People Have the Power, a 7 de dezembro de 1975. Foi também esse concerto que esteve na origem de uma edição em DVD.
Depois dessa primeira parte, chamemos-lhe assim, os U2 preparavam a edição de Songs of Experience, desde o primeiro momento assumido como uma continuação do álbum de 2014. Só que o mundo mudou – houve o brexit e Donald Trump chegou onde ninguém acreditava – e a banda irlandesa preferiu olhar para esse mundo em vez de se enfiar numa concha (a dose de risco que, ao fim de quase quatro décadas
Joshua Tree