Diferença salarial mensal por nível de qualificação
As principais diferenças surgem nos salários líquidos “acima dos dois mil euros”, os quais, apesar de não poderem ser considerados elevados, existem “em percentagens baixas” na profissão. Nestes patamares, em que estão menos de 16% dos jornalistas, “os homens são 11,6% e as mulheres 5,2%”. E quem é que está nestes patamares nos órgãos de comunicação social? “Pivôs, editores, chefes de redação, diretores, diretores adjuntos...” Todos “cargos que em Portugal são maioritariamente ocupados por homens”.
João Moleira, pivô da SIC, apelida de “interessante” e de “louvável companheirismo” o que se passou na BBC, mas considera que em Portugal “seria difícil de acontecer, uma vez que não existe tal discrepância salarial”. Para João Moleira, o “pivô não tem um trabalho superior a qualquer outro jornalista, tem apenas uma função diferente. A prática das empresas é que fazem essa distinção”.
A jornalista Clara de Sousa discorda da redução salarial. “Um salário pressuposto de base deve ter em conta a competência. Não gosto de uniformização total. As pessoas têm de ser valorizadas e reconhecidas quando têm mérito e também pelo valor que possuem nas suas ações. Ou seja, para mim, as pessoas devem ser reconhecidas individualmente e não em grupo. Por isso, para mim, o género não conta.” O que dizem os tribunais Rita Garcia Pereira, especialista em direito do trabalho, diz ser “verdade” que à partida não existem im-