Diário de Notícias

Couceiro: “O sonho é idêntico mesmo com recursos diferentes”

Técnico diz que seria um “erro crasso” jogar para o 0-0: “Temos de pensar em marcar. Se não, não estamos cá a fazer nada”

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VIT. SETÚBAL “É natural que as equipas estejam mais cautelosas, porque está um título em jogo.” Mas isso não significa que o Vitória de Setúbal vá jogar à defesa na final da Taça da Liga, tentando levar a decisão para o desempate através da marcação de grandes penalidade­s: “Ninguém pode entrar num jogo destes a pensar que vai levar o 0-0 até aos 90 minutos: isso é um erro crasso”, sublinhou ontem o treinador José Couceiro – admitindo, no entanto, que o emblema sadino tem “recursos diferentes” do rival, Sporting. Jesus e Couceiro posam com o troféu: o treinador do Sporting já conquistou a Taça da Liga por cinco vezes (pelo Benfica), o do Vitória procura estrear-se

Apesar da diferença entre as armas ao dispor de ambos os lados, “as duas equipas tentarão ganhar o jogo, com certeza”, notou o técnico do Vitória de Setúbal – clube por erguer a Taça da Liga pela segunda vez (após ter conquistad­o a edição inaugural, em 2008). “Quando se chega a esta fase da competição, todos sonham em vencer o troféu. O pensamento é idêntico, o sonho é idêntico, mesmo com recursos diferentes”, explicou Couceiro, refutando a ideia de lutar por conservar o nulo até ao minuto 90 [não há prolongame­nto, segue-se o desempate por penáltis]. “O anormal é não haver golos. Nós também temos de pensar em marcar. Se não, não estamos cá a fazer nada”, sublinhou.

Ainda assim, isso não invalida que os setubalens­es se sintam preparados, caso a partida se decida da marca de 11 metros. “No ano passado, o nosso guarda-redes defendeu penálti e recarga num jogo com o Sporting. E o marcador era o melhor deles, o Adrien. Nós também nos preparamos”, notou Couceiro.

De resto, os vitorianos até têm razões para estarem confiantes: estão a viver a melhor fase da temporada (sete partidas sem perder), depois de terem passado por uma grave crise desportiva e diretiva. “Estamos há sete jogos sem perder, é uma diferença de 20 [em relação ao Sporting, que ainda não foi derrotado esta época, em provas nacionais]. Independen­temente do que se passou até aqui e das dificuldad­es que temos, agora só há um objetivo, que é ganhar o jogo”, rematou o técnico sadino. R.M.S.

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