O comportamento real dos criminosos e das organizações criminosas é sempre um índice importante para avaliar o grau de civilização de uma sociedade, tanto mais numa época em que a retórica progressista e humanitária proclama a universalização dos direitos
capos mafiosos, e de sobreviver apesar da cultura machista do meio.
Gilberto é o chefe, Miguel o relações-públicas, Chepe (na série interpretado por um actor português, Pêpê Rapazote) o gestor da operação nos Estados Unidos. Mas abaixo desta direcção há dezenas de quadros que se ocupam da segurança, do transporte e da distribuição da droga, das operações financeiras, da defesa judiciária, das relações públicas, da lavagem de dinheiro.
É também no princípio desta temporada que Gilberto Rodríguez comunica aos seus apaniguados e associados que negociou com o governo de Bogotá uma rendição do cartel, que em seis meses deixará o narcotráfico, entregando-se às autoridades, recebendo em troca pequenas penas e a possibilidade de legalizar as suas outras actividades. A novidade não agrada a todos: desde logo ao cartel de North Valley, mas também ao próprio Miguel Rodríguez e ao seu filho Daniel, um assassino paranóico que mata e tortura por gosto.
Do lado da DEA, Javier Peña (Pedro Pascal, o Oberyn Martell de Game of Thrones) continua a perseguir os barões de Cáli; por isso tem conflitos funcionais com o responsável da CIA em Bogotá e com o próprio embaixador. Numa cidade controlada pelo “polvo” dos narcos, que escuta, segue, espia tudo e todos, vão ser as