Diário de Notícias

Marit Bjørgen à caça do recorde, entre 18 candidatos a brilhar

Esquiadora norueguesa quer tornar-se a mais medalhada de sempre. Da patinadora Evgenia Medvedeva ao snowboarde­r Shaun White, há mais figuras a ter em conta até dia 25

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RUI MARQUES SIMÕES Há quem lhe chame Iron Lady, pela vontade férrea com que resiste entre a elite mundial, ou Gold Marit, pelo ouro (mais prata e bronze) que vai acumulando. Marit Bjørgen já é bem mais do que a maior lenda do cross-country (esqui de fundo): é uma veterana, regressada após a maternidad­e, à caça do recorde de atleta mais medalhada de sempre em Jogos Olímpicos de Inverno. A norueguesa promete ser uma das principais figuras do evento, que decorre em PyeongChan­g (Coreia do Sul), entre hoje e 25 de fevereiro.

O difícil é escolher. A partir de hoje – a cerimónia de abertura é às 11.00 de Portugal continenta­l (20.00 locais), embora a competição tenha começado já ontem, com provas de curling e saltos de esqui – estão em jogo 102 títulos, em 15 modalidade­s. E há muitos candidatos a brilhar: aqui se destacam 18 nomes, numa lista encabeçada por Gold Marit.

Bjørgen, de 37 anos, está empatada com a russa Raisa Smetanina e a italiana Stefania Belmondo, entre as mulheres com mais medalhas olímpicas de inverno: dez. Com as correcordi­stas (também atletas de crosscount­ry) já retiradas, só precisa de somar um pódio aos seis ouros, três pratas e um bronze ganhos em 2002, 2006, 2010 e 2014, para fazer história. Mas pode até aspirar ao máximo global do compatriot­a Ole Einar Bjørndalen (13 medalhas).

“Agora que percebi que está a apenas três medalhas de distância [Ole Einar Bjørndalen não se apurou para PyeongChan­g], o recorde passou a estar na minha mira. É motivador, mas não é um objetivo: é um sonho”, afirmou Marit Bjørgen, ao projetar a sua última presença olímpica. Ao fim de 20 anos de uma carreira repleta de sucessos (também é recordista de medalhas em mundiais de esqui de fundo – 26), essa seria a despedida em beleza.

Enquanto a esquiadora encabeça as aspirações da Noruega (país com mais medalhas olímpicas de inverno), muitas outras figuras prometem dar que falar na Coreia. Com os jovens Chloe Kim (snowboard), Mikaela Shiffrin (esqui alpino) e Nathan Chen (patinagem artística) em alta, os EUA tentarão manter o estatuto de maior potência das últimas edições. A comitiva americana tem como principais vedetas os veteranos ShaunWhite (snowboard) e Lindsey Vonn (esqui alpino).

Em foco também prometem estar, entre os homens, o austríaco Marcel Hirscher (maior fenómeno da época no esqui alpino), o canadiano Mikael Kinsgbury (autoprocla­mado “rei” do esqui estilo livre / /moguls), o polaco Kamil Stoch (regressado ao topo no saltos de esqui), o francês Martin Fourcade (sucessor de Bjørndalen como ícone do biatlo) e o japonês Yuzuru Hanyu (que terá de defender o trono da patinagem artística do desafiador Nathan Chen). No entanto, nesse campo, destaca-se ainda Javier Fernández, que pode dar a Espanha a primeira medalha olímpica de inverno desde 1992.

Entre as mulheres, os holofotes focam-se na alemã Laura Dahlmeier (aponta a seis medalhas no biatlo), na canadiana Kaillie Humphries (bicampeã olímpica de bobsleigh e primeira a tentar correr contra homens, na Taça do Mundo) e nas checas Ester Ledecká (primeira atleta a competir em esqui e snowboard na mesma edição) e Martina Sablikova (maior vulto da patinagem de velocidade e ciclista durante o verão). A promissora Evgenia Medvedeva (bicampeã mundial de patinagem artística, aos 18 anos) é a maior vedeta dos 168 atletas russos que competem sob a bandeira olímpica. E outra teenager, Choi Min-jeong (candidata a quatro medalhas na patinagem de velocidade), é a maior esperança da nação anfitriã. São elas e eles os 18 maiores candidatos a brilhar em 2018. A norueguesa Marit Bjørgen ameaça em PyeongChan­g bater o recorde de medalhas – atualmente tem 10

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