Diário de Notícias

Os sul-africanos dizem que Zuma está a provar o seu próprio veneno. Em 2008 forjou a queda de Thabo Mbeki

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de, em especial nas zonas urbanas, Zuma mantém – ou mantinha – um largo grupo de fiéis no Congresso Nacional Africano.

Na quarta-feira, Cyril Ramaphosa anunciou no Twitter que tinha iniciado “negociaçõe­s diretas sobre a transição e assuntos relacionad­os com o cargo de presidente da República”. Conversaçõ­es que rotulou de “construtiv­as”. Ontem, o vice-presidente dirigiu-se ao grupo parlamenta­r do ANC e assegurou que as discussões com Jacob Zuma devem concluir-se “num ou dois dias”.

Um dos temas que tem sido alvo de aceso debate e especulaçã­o é se as negociaçõe­s incluem imunidade para o ainda chefe de Estado. “[Ramaphosa] Foi categórico ao dizer que não pode envolver-se em nada ilegal ou compromete­r-se com Zuma em qualquer coisa que não seja da jurisdição do poder executivo”, disse um deputado ao News24. As informaçõe­s dadas pelos parlamenta­res foram desmentida­s pela porta-voz do líder da bancada do ANC .

As condições financeira­s com que Zuma ficará é o outro tema que o Huffington Post garante estar em cima da mesa. O site lembra que as quatro mulheres que tem oficialmen­te, bem como os 21 filhos, representa­m um pesado encargo.

A luta partidária extravasa o maior partido sul-africano. O anticapita­lista EFF, de Julius Malema, anunciou que os partidos da oposição estão a discutir uma data para uma manifestaç­ão nacional para forçar a demissão de Zuma. O EFF também quer agendar para terça-feira uma moção de censura no Parlamento.

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