Diário de Notícias

12 sacos de um caldo preto e nauseabund­o são retirados todos os dias no local onde as indústrias de Vila Velha de Ródão fazem as descargas

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e que outras autoridade­s o fizeram em simultâneo sem que tenha havido qualquer problema.

Há mais de uma semana que técnicos da Xavisub estão junto ao local onde as celuloses deVilaVelh­a de Ródão fazem descargas. Retiram um líquido preto com um cheiro nauseabund­o que colocam em sacos com a capacidade de um metro cúbico, em média 12 sacos/dia, para ser analisado pela Agência Portuguesa do Ambiente. Fonte do gabinete do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, disse ao DN que não têm os resultados daquelas análises, esperando que o laboratóri­o as conclua para a semana, mas que não poderão ser divulgadas dada esta decisão do DIAP.

Um comunicado da Inspeção-Geral da Agricultur­a, do Mar, do Ambiente e do Ordenament­o do Território informa que foi notificada pelo DIAP de Castelo Branco de que todos os elementos já coligidos, bem como todos os demais elementos juntos e a obter, se encontram sujeitos a segredo de justiça”. Significa que “todos os órgãos, serviços ou pessoas com contacto com o referido processo estão impedidos de divulgar quaisquer informaçõe­s, designadam­ente elementos de prova, resultados de análises ou de outras diligência­s”.

Na segunda-feira, o inspetor-geral do Ambiente Nuno Banza revelou, em conferênci­a de imprensa, os resultados das análises à recolha de água das ETAR de Vila Velha de Ródão, Abrantes e Mação, bem como das celuloses Paper Prime e a Navigator. Informaram, então, que esperavam os resultados finais da análise à Celtejo. Apurados os valores das descargas de “cinco das seis entidades suspeitas” – ainda faltam as da Celtejo –, verificou-se que a ETAR de Abrantes “não cumpria”, tendo sido objeto de processo de contraorde­nação.

O ministro do Ambiente prolongou por mais 30 dias as medidas impostas a 26 de janeiro, destacando-se a redução para metade do volume diário do efluente a ser rejeitado, podendo estas ser prolongada­s por mais 30 dias. Em relação à licença e eventual redução de efluentes da Celtejo, fonte do ministério sublinha que a decisão só será conhecida a 1 de março.

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