Scotland Yard quer mais dinheiro para continuar a procurar Maddie
Governo britânico analisa novo financiamento para prolongar investigação para perceber o que aconteceu à criança
Onze anos e 11 milhões de libras (cerca de 12,4 milhões de euros) depois, a Scotland Yard continua determinada em encontrar uma explicação para o que aconteceu a Madeleine McCann, a menina inglesa que desapareceu na Praia da Luz, no Algarve, em 2007. Mas para isso necessita que o governo britânico autorize um novo financiamento para a investigação. O pedido da polícia londrina já seguiu para o Ministério da Administração Interna.
Com essa nova injeção de capital, os detetives pretendem prolongar a Operação Grange – nome dado no Reino Unido à investigação ao caso Maddie – por mais alguns meses (ao que tudo indica até setembro). A cada seis meses é analisada a evolução da investigação para determinar se é ou não necessário novo financiamento para se manter em aberto a operação.
Em março do ano passado foram atribuídos 95 mil euros à equipa da Scotland Yard, depois em setembro foram concedidos pela tutela mais 170 mil euros. Desta vez, a polícia não esperou por março e pediu mais um financiamento – cujo valor não foi divulgado – para manter em função os quatro inspetores que estão com o caso. No auge da Operação Grange, a equipa de investigação chegou a contar com 30 elementos do quartel-general da Polícia Metropolitana de Londres.
Fonte da tutela confirmou ao DN que a Scotland Yard “enviou um pedido para um novo financiamento, o qual está a ser devidamente analisado”. A mesma fonte explicou que o Ministério “tem providenciado fundos para a Scotland Yard e para a Operação Grange, sendo os recursos concedidos revistos regularmente e com muita atenção, antes da concessão de novo financiamento”.
Em maio do ano passado, aquando do décimo aniversário do desaparecimento de Maddie, o diretor-geral adjunto da Polícia Metropolitana admitiu a existência de algumas linhas de investigação cruciais e fez mesmo saber que estava concentrado numa específica, considerada relevante, mas para a qual não adiantou detalhes.
De acordo com a imprensa britânica, tratar-se-á de uma “teoria final bastante complexa” e que envolve alguma “sensibilidade diplomática”.
A investigação ao desaparecimento da criança inglesa terminou em Portugal a 21 de julho de 2008. Mas em maio de 2011 a Scotland Yard reabriu o caso no Reino Unido. Ao todo, terá revisto mais de 40 mil documentos, recolhidos 1338 depoimentos e 1027 objetos, determinado 7154 diligências, identificado 560 linhas de investigação e averiguado testemunhos de 8685 potenciais avistamentos de Madeleine em todo o mundo.