Défice da Madeira valoriza “crescimento do século”, afirma PS
Bloco e CDS foram os partidos da oposição a comentar o crescimento económico e a desvalorizar o papel do governo PS
REAÇÕES Os resultados económicos do país em 2017 foram tão bons que nem a “desagradável surpresa” do défice madeirense conseguiu ofuscar, observou ontem o chefe do governo e o secretário-geral socialista.
Num dia marcado pela informação de que o país cresceu 2,7% do PIB em 2017 e mais 1,2 pontos percentuais do que em 2016, que António Costa qualificou como “o maior crescimento deste século” durante o debate quinzenal no Parlamento (ver página 6), o líder parlamentar socialista enfatizou que os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística foram alcançados por um governo do PS, “apoiado pela esquerda parlamentar” – BE e PCP – e que “a direita diabolizou”.
Carlos César aproveitou mesmo para destacar os resultados negativos da Região Autónoma da Madeira – onde está “o único governo do PSD” – face aos do continente e aos dos Açores, dando a deixa para António Costa encerrar o debate com a garantia de que essa “desagradável surpresa” não terá “consequências dramáticas” para Portugal em função dos excelentes resultados obtidos pelas outras administrações.
Ainda antes de o debate quinzenal começar já lembrara o ceticismo inicial dos socialistas a uma política de antiausteridade como a defendida desde o início pelos bloquistas e que culminou nos resultados ontem conhecidos – os quais permitem “ir mais longe” do que até agora, argumentou a deputada Mariana Mortágua. “Sempre dissemos que a austeridade é uma má política económica. Sempre lutámos por esta alteração de política e ela resulta. Há mais investimento, emprego e consumo porque há mais rendimentos, que foram devolvidos, numa mudança de política económica. Sempre o soubemos, até contra algum ceticismo do governo, que continuava como continua a não querer ir tão longe na devolução de rendimentos”, insistiu a bloquista.
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